Para tucano, revisão de atos realizados por Dilma às vésperas do impeachment é positiva e apropriada
Apenas no dia 1º de abril, Dilma assinou 21 atos para desapropriar 56 mil hectares de terras
Brasília (DF) – A Casa Civil do governo do presidente em exercício Michel Temer iniciou, na última sexta-feira (13), um pente-fino nas ações da presidente afastada Dilma Rousseff realizadas a partir de abril. Às vésperas de sua saída, a petista publicou uma série de normas que criaram áreas indígenas e desapropriaram terras, contrariando interesses do setor ruralista. Apenas no dia 1º de abril, Dilma assinou 21 atos para desapropriar 56 mil hectares de terras.
Segundo o jornal O Globo desta segunda-feira (16), foram assinados 75 decretos até o dia em que Dilma foi afastada, 12 de maio. Na avaliação do deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB-MG), a revisão das medidas tomadas por Dilma é “apropriada” e vem em boa hora.
“A presidente e o PT mostraram, mais uma vez, a desconexão com os interesses nacionais. Dilma já sabia que seria afastada, já era de amplo conhecimento. Em vez de tomar medidas afobadas e que dão margem a duplas interpretações, ela deveria ter agido com responsabilidade e compromisso com o país”, afirmou.
De acordo com a reportagem, a revisão proposta por Temer não se limitará a este primeiro período definido pela Casa Civil. Depois deste lote, serão analisados, mês a mês, todos os atos do governo da presidente afastada desde que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), abriu o processo de impeachment, no dia 2 de dezembro de 2015.
“Vamos analisar todos os atos desde a abertura do processo de impeachment, porque, desde então, muitas definições ganharam agilidade. Não vamos fazer nenhuma terra arrasada, mas precisamos fazer uma verificação”, disse um interlocutor presidencial, segundo O Globo.
O deputado tucano vê como positiva a ampliação até dezembro da revisão das medidas que, segundo ele, vão contra a própria estabilidade jurídica do país. “Quanto mais transparente e quanto mais filtros existirem será melhor para a administração pública e para os interesses do Brasil”, declarou.