Perillo pede quebra de sigilo de seus dados na CPI do Cachoeira
O líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), informou à CPI Mista do Cachoeira que o governador de Goiás, Marconi Perillo, pediu para que a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico seja votada ainda nesta quarta-feira (13). Logo depois, o governador confirmou a ligação em seu Twitter. “Agora há pouco telefonei para os dois líderes do PSDB na Câmara e no Senado autorizando a quebra dos meus sigilos”, disse.
Brasília – O líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), informou à CPI Mista do Cachoeira que o governador de Goiás, Marconi Perillo, pediu para que a quebra dos sigilos bancário e fiscal seja votada ainda nesta quarta-feira (13). Ontem, o tucano participou de audiência pública na comissão e, durante mais de oito horas, esclareceu os questionamentos de parlamentares sobre supostas relações de seu governo com o esquema do contraventor Carlos Cachoeira.
O governador de Goiás confirmou o pedido pelo Twitter. “Agora há pouco telefonei para os dois líderes do PSDB na Câmara e no Senado autorizando a quebra dos meus sigilos”, disse Perillo.
“Para coroarmos com qualidade e absoluta lisura todo o dia extremamente positivo que tivemos ontem para o PSDB e para o governador de Goiás, eu recebi uma ligação de Perillo pedindo para que votemos ainda hoje a quebra de sigilo dos dois govenadores. Vamos em frente e vamos às investigações”, anunciou o líder durante a oitiva do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, que horas antes havia colocado seus sigilos à disposição do colegiado.
Logo após a fala de Araújo, o 1º vice-presidente da CPI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), no momento à frente dos trabalhos, descartou a possibilidade de votação dos requerimentos sob a alegação de que só haverá deliberação de matérias na reunião administrativa desta quinta-feira (14).
Ontem, em seu depoimento, o governador de Goiás avaliou que não via motivo para a quebra do sigilo, mas ponderou que essa decisão não caberia a ele, mas à CPI e ao Superior Tribunal de Justiça. “Igual ao governador do DF, eu também não temo tornar públicas as minhas movimentações fiscal e bancária”, declarou o tucano na tarde desta quarta.
Marconi esclareceu que mantém contas bancárias em quatro instituições financeiras, mas que só movimenta uma delas, a da Caixa Econômica Federal. Em coletiva concedida nos jardins do Palácio das Esmeraldas, o governador disse ter cumprido o seu dever no depoimento da terça-feira. “Defendi minha honra e os goianos”.
O tucano considerou também ter prestado um serviço à CPI ao insistir no alerta sobre as ligações de governos com empreiteiros. O governador lembrou que expôs o rigor a forma como Goiás define as empreiteiras que trabalham para o estado. Inclusive abriu os contratos de obras públicas de Goiás para auditorias e outras investigações. Para ele, o Brasil será passado a limpo quando a relação do poder público com as empreiteiras for investigada a fundo. “Esta CPI está apenas começando. Ela precisa ir fundo na quebra do sigilo das empreiteiras”, declarou.
Fonte: Portal PSDB na Câmara