Petistas têm envolvimento com quebra de sigilos fiscais

Governo tenta blindar de forma irresponsável candidatura oficial

Acompanhe - 08/09/2010

Governo tenta blindar de forma irresponsável candidatura oficial

Brasília (08) – Numa tentativa de blindar a candidatura oficial à Presidência, o PT tenta escamotear a realidade sobre a violação de dados fiscais de pessoas próximas ao candidato José Serra (SP), incluindo sua filha Veronica Serra, e responsabiliza a vítima pelo crime. A avaliação é do líder do PSDB, deputado João Almeida (BA), e do senador Alvaro Dias (PR).

No ano passado, a Receita Federal violou os dados fiscais de Veronica Serra, do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas Pereira, do ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, de Ricardo Sérgio de Oliveira e do empresário Gregório Marin Preciado.

“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se acostumou a acobertar os crimes praticados por seus aliados. Porém, não adianta ignorar os acontecimentos, muito menos acusar as vítimas, como o PT faz. Os fatos desmentem a versão oficial. Os envolvidos na quebra do sigilo fiscal têm, sim, relação estreita com petistas”, criticou João Almeida.

De acordo com o deputado, a quebra do sigilo fiscal da filha do presidenciável comprova a relação dos infratores com o PT. Em 30 de setembro do ano passado, o contador Antonio Carlos Atella apresentou uma procuração falsa à Delegacia da Receita Federal de Santo André para obter cópias das declarações de Imposto de Renda de Veronica Serra de 2008 e 2009.

Quando o assunto veio a público, o PT correu para abafar o ilícito. Atella tentou se desvencilhar do partido, ao dizer que jamais pertencera a qualquer sigla. A versão foi desbancada pouco depois. A imprensa noticiou que o contador era filiado ao PT (de Mauá) desde 20 de outubro de 2003. Segundo nota do presidente do PT paulista, Edinho Silva, a filiação de Atella jamais se consumou, porque seu nome fora grafado como “Atelka”.

Novamente, os fatos derrubam a versão oficial. Registros da 217ª Zona Eleitoral, em Mauá, indicam que Atella é filiado ao PT desde 20 de outubro de 2003, com a grafia correta. Fora isso, a família do contador é militante e fundadora do diretório do PT de Mauá na década de 80. Neuza Maria Ferreira Jaloretto, sua irmã, é filiada ao PT desde 21 de maio de 1981.

Para Alvaro Dias, a cada instante um novo fato reforça a participação de petistas no caso de violação de dados fiscais de pessoas próximas ao PSDB. “Quanto mais a Receita Federal tenta esconder o caso e o governo corre para blindar a candidata Dilma Rousseff, mais fica claro que o acesso às declarações de Imposto de Renda teve caráter político-eleitoral”, disse.

“BAIXARIA”

João Almeida acredita que a violação das declarações de renda ocorre por causa do aparelhamento do PT para servir propósitos eleitorais. O deputado condena a participação do presidente brasileiro, que atacou a campanha do PSDB, no programa eleitoral da candidata Dilma Rousseff. “Baixaria é usar o instrumento público contra adversários políticos. A participação do presidente no programa eleitoral do PT não é atitude ética, trata-se de uma baixaria do pior nível. Ele deveria se preocupar em preservar os direitos constitucionais.”

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08/09/2010