PF suspeita de repasse à mulher de Pimentel, diz reportagem
“A Polícia Federal suspeita que um contrato de R$ 8 milhões entre o grupo de varejo Casino e a empresa do jornalista Mário Rosa seja “ideologicamente falso” para justificar pagamentos à jornalista Carolina Oliveira, mulher do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT).”
É o que informa o jornal “Folha de S.Paulo”, na edição desta quarta-feira (14).
De acordo com a reportagem, as suspeitas foram levantadas em relatórios da Operação Acrônimo, que tramita no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
A “Folha” relata ainda que a A PF encontrou, na residência de Carolina, uma planilha que indicava R$ 362 mil como “valores recebidos do Casino”.
O jornal apurou que a empresa dela, a Oli Comunicação, que tem apenas um funcionário registrado, recebeu, de fato, R$ 2,98 milhões da empresa de Rosa, a MR Consultoria, relativos ao contrato com o Casino, que vigorou de 2011 a 2014.
O deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB-MG) ressalta: “se há algo que podemos nos orgulhar durante os 12 anos de gestão do PSDB no estado é que nunca houve questionamentos nem mácula de ordem dos governadores tucanos”, disse.
Pagamentos – Segundo as informações da “Folha”, Carolina recebeu pagamentos mensais que oscilaram de R$ 65 mil a R$ 183 mil entre 2012 e 2014. Para a PF, os pagamentos têm relação com a gestão de Pimentel à frente do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio), pasta que chefiou de 2011 a 2014 e à qual está vinculada o BNDES.
“Acredita-se que Mário Rosa tenha ‘contratado’ Carolina para facilitar o lobby que teria feito junto ao MDIC/BNDES, obter o benefício solicitado ao Casino e que parte desse pagamento indevido seria repassado para Carolina”, escreveu a PF em relatório.