“Planejamento diferenciado”, por Marcello Richa
O Brasil teve pouca coisa para comemorar no Dia do Trabalho. Vivemos uma crise econômica que afeta diretamente todas as classes sociais e que gerou recorde de desemprego, com uma taxa que alcançou a marca de 10,9% no primeiro trimestre e deixou 11 milhões de pessoas sem trabalho.
O reflexo da má gestão econômica do governo Dilma é visível nos estados, sendo que 11 deles, incluindo potências econômicas como Rio de Janeiro e Minas Gerais, estão em uma crise financeira sem fim. Não conseguem quitar o 13º salário, parcelam pagamentos, não investem em obras e não possuem previsão de melhoria, prejudicando diretamente 1,5 milhão de trabalhadores.
O planejamento que faltou ao governo federal e em alguns estados do Brasil sobrou no Paraná. Antevendo a crise que iria assolar o Brasil, o governador Beto Richa promoveu um ajuste fiscal que, pouco mais de um ano depois, se mostrou essencial para garantir a estabilidade econômica e a capacidade de investimento do estado.
Com uma política responsável, o governo estadual trabalha para garantir avanços estruturais, geração de emprego e distribuição de renda. Dentro do funcionalismo público, o Paraná honra os compromissos salariais e ainda foi o único estado a conceder reajustes, que somados alcançam 14,4%, entre outubro do ano passado até janeiro desse ano, que representam um reconhecimento ao trabalho dos servidores e uma injeção na economia que irá beneficiar o comércio, indústria e serviços.
Outra grande conquista aconteceu nessa semana, com o reajuste de 11,08% no salário mínimo regional – destinado a regulamentar o salário de quatro categorias profissionais que não têm convenção nem acordo coletivo de trabalho. Pelo sétimo ano seguido o Paraná terá o maior piso regional do país, com faixas que variam entre R$ 1.148,40 até R$ 1.326,60.
Na geração de empregos, o estado sofre com a economia nacional, assim como os outros estados, mas apresenta resultados expressivos em diferentes áreas, retração menor que o resto do país na indústria e previsão de melhora com investimentos e programas de incentivo.
O agronegócio do Paraná, com os setores produtivos e as cooperativas recebendo incentivos estaduais, apresentou o maior saldo de empregos dos últimos 11 anos, de acordo com levantamento da Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social.O setor de serviço também se destacou e foi o que mais gerou empregos nos dois primeiros meses do ano em todo o país com a criação de 3.418 vagas com carteira assinada.
As previsões para o futuro do Brasil não são boas, com estimativa que até o final do ano tenhamos 12 milhões de desempregados. Falta ao país um planejamento diferenciado como foi aplicado no Paraná, com responsabilidade fiscal para recuperar a confiança da iniciativa privada, reduzir os gastos da máquina pública, ampliar a capacidade de investimento e promover reformas que garantam equilíbrio financeiro e condições para geração de emprego.