Plano Real mostrou como as melhores cabeças resolvem os problemas mais complexos
O maior dos programas sociais da história do Brasil é um programa econômico: o Plano Real, que em 1994 acabou com a inflação, manteve o poder de compra da população, evitou rompimentos de contratos, congelamentos e confiscos, equilibrou as contas públicas com redução de despesas e aumento de receitas, entre várias outras medidas.
A população reconhece ainda hoje o Plano Real como uma das políticas públicas mais importantes da nossa história, com aprovação de 77% dos brasileiros, segundo pesquisa Ipespe realidade agora em dezembro sob encomenda da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
O Plano Real se transformou no maior programa de inclusão econômica do país, talvez do mundo, ao estabilizar a economia e acabar com o imposto que mais castigava e empobrecia os brasileiros: a inflação. É reconhecido por todos, adversários e aliados, como uma política do PSDB. E é mesmo. Foi Fernando Henrique Cardoso quem idealizou, coordenou, implantou e garantiu sua perpetuidade, primeiro como ministro da Fazenda, depois como presidente da República.
Mas é preciso também dar os devidos créditos a quem tanto trabalhou pela efetividade das ideias. Primeiro, o reconhecimento ao presidente Itamar Franco, que convenceu FHC a trocar o Ministério das Relações Exteriores pelo Ministério da Fazenda com a missão de acabar com a inflação.
FHC fez mais. Juntou um supertime, um verdadeiro time dos sonhos da economia, para cumprir a tarefa. Faziam parte da equipe Persio Arida, Chico Lopes, Gustavo Franco —todos depois viriam a ser presidentes do Banco Central—, André Lara Resende, Edmar Bacha —ambos presidentes do BNDES no governo FHC—, Pedro Malan —futuro ministro da Fazenda— e Winston Fritsch. O grupo era coordenado por Clóvis Carvalho, secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Vale também a referência ao embaixador Rubens Ricupero, que assumiu o Ministério da Fazenda no lugar de FHC, quando este deixou o cargo para ser candidato à Presidência da República.
Nenhum grande projeto sai de uma única cabeça. O Brasil precisa de pessoas como FHC, que saibam reunir os melhores para resolver os problemas mais complexos. O PSDB já foi, e voltará a ser, o partido mais importante do Brasil porque reúne os melhores quadros técnicos e políticos em todas as áreas.
Marconi Perillo, presidente nacional do PSDB