Por falta de recurso, programa Minha Casa Melhor acaba um ano e meio após lançamento
Brasília (DF) – A volta do programa Minha Casa Melhor, uma das vitrines eleitorais da gestão da presidente Dilma Rousseff, foi descartada pelo governo federal. Suspenso desde o início do ano, o programa, que dava empréstimos em condições especiais para a compra de eletrodomésticos, eletrônicos e móveis para os beneficiários do Minha Casa, Minha Vida, está suspenso sem previsão de retorno por falta de recursos.
Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo deste domingo (4) apontou que, no início do ano, a presidente Dilma garantiu que as contratações seriam retomadas ainda neste ano, com o lançamento da terceira etapa do Minha Casa, Minha Vida, mas a promessa, mais uma vez, não será cumprida.
O fim do programa, que durou um ano e meio, deixou o governo bem longe de cumprir a meta de liberar R$ 18,7 bilhões nessa linha de crédito especial, com juros de 5% ao ano, bem abaixo das taxas de mercado.
A Caixa Econômica Federal informou que as famílias que pegaram o cartão do programa usaram R$ 2,92 bilhões, ou seja, 15,6% do valor total prometido pelo governo. “Não há, neste momento, previsão de retomada de contratações do produto”, relatou o banco.
Vitrine
De acordo com o jornal, o Minha Casa Melhor foi lançado em junho de 2013 como vitrine eleitoral da presidente Dilma, que buscava a reeleição. A Caixa recebeu R$ 8 bilhões para operá-lo. Desse total, R$ 3 bilhões foram direcionados para o programa – o resto foi usado para capitalizar o banco. No lançamento, o governo disse que esperava atender 3,7 milhões de famílias. Quando o programa foi suspenso no início deste ano, apenas 640 mil famílias tinham recebido o cartão.