“Posição de quem não está preocupado com o país”, afirma Coelho sobre recusa da CUT em participar de encontro com Temer

Acompanhe - 17/05/2016

26544599330_a9792d13b2_kFerrenha defensora dos governos do PT, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) recusou o convite feito pelo presidente em exercício, Michel Temer, para debater a reforma da Previdência Social. Por meio de uma nota, a entidade justificou a ausência na reunião, realizada nesta segunda-feira (16), afirmando que não “reconhece golpistas como governantes”.

Como destaca matéria publicada pelo portal G1, o encontro, que contou com a presença de outras quatro centrais sindicais – Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Nova Central Sindical de Trabalhadores –, definiu a criação de um grupo de trabalho para discutir, durante 30 dias, propostas de mudanças na Previdência.

Para o deputado federal Daniel Coelho (PSDB-PE), a recusa da maior sindical do país em participar de uma das discussões mais importantes para o trabalhador brasileiro é uma demonstração de que a CUT tem como prioridade a defesa de interesses ligados ao Partido dos Trabalhadores. “Está evidente que a posição da CUT é uma posição partidária, e não de quem está preocupado com o país. Acho que haverá o julgamento da própria sociedade para as atitudes que cada um tomar. Essa é uma hora de unirmos a nação, e não de aprofundarmos as divisões que foram criadas no período do governo do PT”, analisou o parlamentar.

“Quem não participa do debate também não tem direito, lá na frente, de reclamar. As outras centrais terminam se fortalecendo, independentemente da posição que tiveram na votação do impeachment, pelo compromisso com os interesses do Brasil”, completou.

O parlamentar também criticou a atuação da CUT durante os governos petistas, especialmente o de Dilma Rousseff, quando o trabalhador brasileiro viu não só o desemprego atingir patamares nunca antes vistos, como também teve que conviver com seguidas quedas em sua renda média. Para ele, a falta de ações da central durante as gestões do PT fez com que o trabalhador se distanciasse das lutas sindicais.

“Seus movimentos [da CUT] são sempre orientados pelo interesse político-eleitoral do PT. Por isso, inclusive, você tem hoje um distanciamento tão grande da representação sindical ao próprio trabalhador. O trabalhador não se sente mais representado pelos sindicatos porque compreende que, na grande maioria deles, a defesa que é feita é a das posições partidárias, e não realmente um sindicalismo de resultado que busca a melhoria das condições de trabalho para todos que fazem parte da categoria”, ressaltou.

O grupo formado para debater as mudanças na Previdência deve se reunir na quarta-feira (18). Ainda de acordo com o G1, ele será formado por representantes indicados pelas próprias entidades sindicais que foram à reunião e pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Clique aqui para ler a íntegra da matéria do G1.

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17/05/2016