Promessa não cumprida: Governo Dilma não entrega aparelhos de radioterapia

Saúde - 18/04/2016

Quatro anos após o lançamento de um plano de ampliação de radioterapia no Sistema Único de Saúde (SUS), nenhum dos 80 novos aparelhos destinados a pacientes com câncer está funcionando e nem foram instalados pelo governo Dilma Rousseff. A previsão era que as primeiras máquinas começassem a operar em 2014, quando o jornal Folha de S. Paulo denunciou o atraso pela primeira vez.

Até agora, apenas 10 dos 80 hospitais previstos pelo governo para receberem os equipamentos tiveram as obras iniciadas, segundo relata matéria publicada pelo jornal nesta segunda-feira (17).

Outros 63 hospitais estão em fase de licitação, licença ambiental ou ainda em readequação dos projetos. E há ainda sete saíram do plano, por problemas técnicos e por conta própria, devido às dificuldades em pagar os custos adicionais do projeto, como contratação de profissionais especializados.

O deputado federal Eduardo Barbosa (PSDB-MG) aponta a falta de planejamento do governo Dilma como responsável pelo transtorno. “Mostra o desgoverno e uma falta de planejamento do Ministério da Saúde, que na realidade não tá tendo dinheiro nem para pagar nem aquilo que já foi envernizado, e muito menos implementar serviços novos. A crise da Saúde é fruto de incompetência de má gestão e é consequência  de tudo que nós estamos vivendo, inclusive das pedaladas fiscais, que tiraram dinheiro da Saúde para poder, inclusive, cobrir rombos que de forma incompetente a presidente da República fez, principalmente, para ganhar a eleição.”

Para o deputado Eduardo Barbosa, o governo investiu apenas em publicidade e não na execução do programa.

“Eles fizeram uma divulgação ampla desse programa e quando eles fizeram a divulgação a gente já tinha identificado inclusive uma meta muito acanhada prevista. Porque havia já um estudo  por parte de estados brasileiros, que numa demanda superior aquela que eles já apresentaram e muitos estados  com expectativas de que iriam ser atendidos, não eram.”

Com o andamento das obras, a previsão  agora é que elas sejam finalizadas até dezembro de 2018. Hoje, a estimativa é que 60% dos pacientes com câncer no país precisem da radioterapia. Neste ano, são esperados 597 mil novos casos, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer. Sem acesso aos serviços, pacientes esperam na fila por tratamento.

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18/04/2016