Protesto em Maceió reúne mais de 25 mil pessoas
Foram mais de quatro horas, entre a concentração e a caminhada pela orla de Maceió, onde 25 mil pessoas segundo a Polícia Militar do Estado, e 35 mil pelos cálculos dos organizadores do protesto, pediram a saída de Dilma da presidência do país e a prisão do ex-presidente Lula e de políticos corruptos. Manifestantes levaram pixulecos de Dilma e Lula, uma jararaca gigante com a cara do ex-presidente petista, bandeiras do Brasil e faixas cobrando ética e o fim da impunidade para a corrupção.
A manifestação também ofereceu apoio à autonomia da Polícia Federal, aos trabalhos da Lava Jato que investiga a corrupção na Petrobras, ao juiz Sérgio Moro e à imprensa investigativa, e vaiou os senadores alagoanos Fernando Collor (PTB), Benedito de Lira (PP), denunciados pelo Ministério Público Federal no petrolão, e o senador Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado, que responde pelo sétimo inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).
O deputado federal Paulão (PT-AL) também recebeu vaias dos manifestantes, ao ser criticado no discurso de um dos líderes do Movimento Brasil Livre.
Com palavras de ordem como “fora Dilma” e “cadeia para Lula”, o protesto não registrou incidentes e contou com a proteção de policiais militares durante todo o percurso. Nas varandas e janelas dos prédios residenciais, bandeiras do Brasil, acenos e aplausos para a manifestação, que teve a participação de turistas na frente dos hotéis localizados na orla da capital alagoana.
Tucanos presentes – Os deputados estaduais Bruno Toledo e Rodrigo Cunha, e o deputado federal Pedro Vilela, do PSDB, participaram do protesto.
“Precisamos evoluir. Essa história de que a corrupção compensa e é um crime de baixo risco e grande retorno tem que ficar no passado. Ninguém está acima da lei. Seja o político que for, onde quer que ele esteja, tem que ter consequências”, disse Cunha.
“Fico feliz em ver tanta gente aqui presente porque esse é o sentimento que as pessoas precisam transmitir. Sentimento de revolta e indignação com toda a sujeira e com tudo que há de errado na sua cidade, no seu estado e no seu País”, concluiu.
“A questão aqui não é mais partidária, o que está em discussão aqui é a defesa do Brasil.
Participo dessa manifestação como cidadão brasileiro pedindo o fim da corrupção e o retorno da ética na política. Estamos vivendo uma era assombrosa que acabou com o nosso País, mas vamos resgatá-lo”, afirmou Bruno Toledo.
O representante do PSDB Alagoas em Brasília, deputado federal Pedro Vilela, disse que o governo Dilma acabou. “O povo nas ruas em todo o país neste domingo avaliza esse cenário”, falou.
A presidente do PSDB Mulher/Alagoas, Adriana Toledo, o presidente do PSDB/Arapiraca, Rogério Teófilo, a presidente do PSDB Mulher Nacional, Solange Jurema, lideranças da Juventude e de outros segmentos tucanos também se fizeram presentes. “Esse 13 de março é histórico na política brasileira”, destacou Teófilo.
Adriana Toledo foi firme ao afirmar que o Brasil não aguenta mais tanta corrupção. “Nós precisamos nos manifestar para tirar essa quadrilha que está no poder saqueando os cofres públicos e acabando com a economia brasileira”.