PSDB condena corte de R$ 50 bi no orçamento

Tucanos acusam governo de sacrificar áreas básicas e manter gastos supérfluos

Acompanhe - 10/02/2011

Tucanos acusam governo de sacrificar áreas básicas e manter gastos supérfluos

Brasília (10) – Líderes do PSDB na Câmara e no Senado criticaram o contingenciamento de R$ 50 bilhões no orçamento de 2011, anunciado pelo governo federal. O corte deverá prejudicar importantes setores econômicos e só ocorreu porque o governo prefere sacrificar áreas básicas ao invés de reduzir gastos supérfluos.

Para os deputados Sérgio Guerra, presidente do partido, e Duarte Nogueira, líder da bancada na Câmara, o corte representa um desrespeito à sociedade. “As emendas parlamentares ficaram ridicularizadas. Por que os projetos escolhidos pelo Congresso têm menor importância e podem ser cortados e os do governo não?”, questiona Guerra.

O governo, desde a campanha eleitoral, esconde um grave desequilíbrio fiscal”, acrescenta o presidente do PSDB. Fazem um congelamento de investimentos mas não o fazem nas atividades-meio: não enxugou ministérios e não cortou cargos de estruturas estatais que estão onerando e pressionando para o aumento de novos impostos.”, observa o líder.

Segundo Nogueira, apesar dos esforços e do trabalho do Legislativo para elaborar o Orçamento de 2011, o Planalto realiza o corte sem dar importância às metas previstas na Lei Orçamentária. “Esse corte é um desrespeito com a sociedade brasileira porque está sendo feito com intensidade em algo que já foi discutido no Congresso”, condenou.

“Enquanto isso, os famigerados cartões corporativos não têm prestação de contas. É essa a fatura que a sociedade brasileira está pagando por ter eleito um governo que não direciona suas ações e energia para uma boa relação institucional”, lamenta o líder na Câmara.

Senado

No Senado, Alvaro Dias, líder da bancada lembrou: “durante todo o ano passado, insisti na tese de que estava se armando, por irresponsabilidade administrativa, uma ‘bomba de efeito retardado que explodiria no colo do povo brasileiro se providências enérgicas não fossem adotadas. Os cortes agora anunciados pela administração federal confirmam: o ‘momento mágico’ foi farsa eleitoral”

O senador paranaense acredita que a “vitória da ficção sobre a realidade leva o atual governo a ações que podem sacrificar a população mais pobre com o comprometimento da capacidade de investir produtivamente”. Dias lamenta que, apesar das evidências, o governo continua com o discurso megalomaníaco do trem bala, aviões caças, e que está tudo bem para Copa do Mundo e para as Olimpíadas.

Aécio Neves, senador de Minas Gerais, alerta para o mesmo problema. “ Esse corte desmente o discurso da campanha e reforça o que já havíamos denunciado: o governo passado vinha gastando de forma descontrolada. Foi Isso que construiu esse desfecho”. O ex-governador mineiro também acredita que o corte, “inevitavelmente”, deve comprometer a continuidade do crescimento do país.

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10/02/2011