PSDB defende agenda livre de Medidas Provisórias
Tucanos defendem uma pauta com temas de interesse da sociedade brasileira
Tucanos defendem uma pauta com temas de interesse da sociedade brasileira
Brasília (19) – O PSDB defende, para o segundo semestre, uma pauta propositiva para o Congresso, com temas de interesse da sociedade brasileira, como a regulamentação da Emenda 29, que destina novos recursos para a saúde, a votação do projeto de lei complementar do Supersimples, o regime especial de tributação para micro e pequenas empresas, e a discussão das reformas política e tributária.
“Defendemos uma agenda para o país, na qual a gente não fique tão prisioneiro das medidas provisórias, uma agenda exclusiva do poder Executivo”, afirmou o líder da bancada na Câmara, Duarte Nogueira (SP), depois de participar de reunião com o presidente nacional do partido, deputado Sérgio Guerra (PE).
“Neste primeiro semestre, o governo não teve condições de conter o processo inflacionário com a força que era necessária, não conseguiu dar velocidade aos investimentos, sobretudo do PAC, que teve uma execução ínfima de 3,91%”, acrescentou Nogueira.
Os tucanos fizeram um balanço dos primeiros seis meses da gestão Dilma. Segundo eles, a petista ficou refém das sucessivas crises que paralisaram o governo. Guerra criticou as denúncias que envolveram o Ministério dos Transportes e afirmou que elas são apenas exemplo de processo de corrupção generalizada, iniciada no mandato do ex-presidente Lula.
“Não se pode dizer que o governo neste primeiro semestre trabalhou. Um governo que não faz não é bom. Essa administração é a continuação da outra”, avaliou. Recentemente, a imprensa revelou suposto esquema de recebimento de propina no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) que gerou uma nova crise no governo e derrubou o ex-ministro Alfredo Nascimento além de outros integrantes da cúpula da pasta.
Para o presidente do PSDB, a presidente precisa enfrentar o problema. “Tem que tomar providência, não pode ficar com medo desse pessoal. Hoje é nos Transportes, amanhã será em outro ministério. E serão quatro anos de crise”, disse.
O deputado destacou uma proposta estudada pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, sobre o Orçamento da União. Pela regra, a presidente Dilma apresentaria uma espécie de “cesta de programas” prioritários, e os deputados e senadores escolheriam para quais políticas públicas eles encaminhariam os recursos de suas emendas.
“Foi iniciativa nossa proposta lá atrás. As emendas individuais tem que ser submetidas a guarda-chuvas”, concluiu Guerra.