Porto Alegre intensifica ações contra trabalho infantil

Em Porto Alegre, a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), promoveu ações de conscientização em diversos pontos da capital do Rio Grande do Sul. Foram distribuídos panfletos informativos sobre abordagem e combate ao trabalho infantil. A iniciativa conta ainda com uma série de atividades alusivas ao Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil , que vão ocorrer durante todo o mês. O Ação Rua foi o primeiro programa de abordagem da América Latina.
Por determinação do prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan (PSDB), as ações contam com apoio da Comissão Municipal do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Competi), juntamente com o Comitê Evesca (Comitê Municipal de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes) e com as equipes do serviço de abordagem social Ação Rua.
Conscientização
O trabalho de conscientização foi feito por voluntários da Pequena Casa da Criança, conveniada com a Fasc, e do Centro Regional Especializado em Assistência Social (Creas), que abrange os bairros Glória, Cruzeiro e Cristal. De acordo com a coordenadora do serviço de abordagem social Ação Rua, Damaris da Rosa, o retorno no local foi positivo, com as pessoas agradecendo pelas orientações, principalmente para onde encaminharem as denúncias.
Em caso de criança ou adolescente em situação de trabalho infantil, mendicância, exploração sexual ou tráfico, o telefone para contato é o da Fasc: 51-3289-4994. As equipes se dirigem até o local, fazem a abordagem com a família e o redirecionamento da criança com o Creas.
Nas próximas semanas, abordagens em sinais de trânsito, esquetes em escolas públicas, e contação de estórias com gibis da Turma da Mônica sobre o tema, nas unidades atendidas pela Fasc, serão realizadas.
Abordagem
O programa de abordagem permanente da Fasc retira a criança ou adolescente das ruas e estimula o vínculo com a família e a escola. Se não for possível a reconstituição do vínculo com a família, existe a opção das casas lares. Atualmente, uma das formas mais incidentes em Porto Alegre de trabalho infantil é a exploração sexual e o tráfico.
“Temos equipes em nove territórios da cidade onde são realizadas as abordagens. Queremos trabalhar no preventivo e ao mesmo tempo no combate das situações onde ocorrem o trabalho infantil. Quanto mais chamarmos atenção das comunidades mais garantida estará a infância dessa criança, porque lugar de criança é na escola”, relatou a diretora técnica da Fundação, Vera Ponzio, durante a distribuição de panfletos no Centro.
Além dessas ações, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) é desenvolvido nos Creas da cidade. Ao todo, o Comitê do Programa, o Competi, realiza cerca de 1.500 abordagens por semestre na Capital.
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