“PT institucionalizou a corrupção”, diz tucano sobre operação da PF que investiga contratos ligados à Odebrecht e Lula
“A cada investigação, há novos indícios que cercam o ex-presidente Lula”, afirmou Miguel Haddad
Brasília (DF) – O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva está sob a mira de uma nova investigação da Polícia Federal. Nesta sexta-feira (20), a PF deflagrou a Operação Janus, que investiga contratos da construtora Odebrecht com o empresário Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho de Lula. Apesar de Lula não ser o foco da apuração, o petista é citado nas investigações. O Ministério Público Federal apura se o ex-presidente praticou tráfico internacional de influência em favor da Odebrecht.
Segundo reportagem do portal G1, a suspeita do MP é de que Lula, após deixar a presidência da República em 2010, tornou-se uma espécie de operador para a Odebrecht. Ele usaria sua influência política para liberar financiamentos do BNDES para a empresa e na interlocução com os países que contratavam os serviços da empreiteira.
Para o deputado federal Miguel Haddad (PSDB-SP), as investigações da PF devem buscar provas concretas para o que todos já suspeitavam: o uso de tráfico de influência por parte do PT.
“A cada investigação, há novos indícios que cercam o ex-presidente Lula”, afirmou. “O PT institucionalizou a corrupção. Eles montaram uma estrutura administrativa e tiveram uma capilaridade em todas as atividades governamentais. Em todas as áreas, o PT se associou com empresas que fazem uso do tráfico de influência, de forma direta, em qualquer área do governo federal. Uma vez no poder, eles [o PT] ampliaram muito isso”, disse.
Taiguara Rodrigues, filho de um amigo de Lula e sobrinho da primeira esposa do ex-presidente, foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento à PF nesta sexta. A força tarefa investiga a contratação de uma de suas empresas de engenharia, a Exergia Brasil, pela Odebrecht para trabalhar na obra da hidrelétrica de Cambambe, em Angola. O projeto foi financiado pelo BNDES. Após o contrato com a Odebrecht, os investigadores registraram uma grande evolução no patrimônio de Taiguara.
O deputado Miguel Haddad lembrou que, em outubro do ano passado, Taiguara Rodrigues prestou depoimento à CPI que apurou contratos do BNDES com empresas investigadas na Operação Lava Jato. Ele salientou que, na época, ficou claro que o empresário não possuía as qualificações necessárias para participar de um empreendimento da magnitude do projeto de Angola.
“Na CPI do BNDES, ouvimos Taiguara e ficou muito claro que houve tráfico de influência por parte do ex-presidente Lula. Taiguara não tinha nenhuma qualificação, não tinha recursos para poder participar desse processo junto com a Odebrecht. Como explicar? As investigações vão se aproximando cada mais do ex-presidente Lula, mostrando provas mais concretas daquilo que todo mundo já suspeitava, que é o tráfico de influência por parte de Lula e do PT, tanto na Angola, com a construção da hidrelétrica, quanto em Cuba, no Porto de Mariel, como em outros locais, como a Venezuela. Resta esperar que as investigações cheguem a essa conclusão”, completou o parlamentar.
Leia AQUI a íntegra da matéria do portal G1.