Após tentativa de aliados de Dilma em prolongar processo de impeachment com mais testemunhas, senadores chegam a consenso
Após a aprovação do parecer favorável ao julgamento final de Dilma Rousseff por crimes de responsabilidade na comissão do impeachment no Senado, nesta quinta-feira, senadores se reuniram com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski e com o presidente da Casa, Renan Calheiros, para definir o rito da próxima fase do processo, que se iniciará na próxima terça-feira. Um dos principais temas sem consenso até então era a definição do número de testemunhas a serem ouvidas após a fase da pronúncia. Aliados da presidente afastada e o advogado dela, José Eduardo Cardozo, tentaram dobrar o número de testemunhas de defesa já estabelecido, que era de apenas cinco para cada lado. A sugestão, que se acolhida pela Justiça poderia prolongar ainda mais o processo, não foi aceita. No entanto, Lewandowski e os senadores tomaram a decisão de acrescentar uma testemunha para cada lado. O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes, do PSDB de São Paulo, participou da reunião com o ministro, e explicou que o apelo dos aliados de Dilma foi atendido apenas em parte, para contemplar os dois principais fatos contra ela apontados no relatório de Anastasia.