Para tucana, novas regras trabalhistas vão reduzir contraste entre salários
Economista e ex-ministra do Planejamento, a deputada federal Yeda Crusius (PSDB-RS) defende que as novas regras trabalhistas – que entrarão em vigor a partir de novembro – poderão reduzir as diferenças salariais entre trabalhadores, que chegam a ser de até 33,5% entre empregados sindicalizados e não sindicalizados. Um estudo divulgado pelo jornal Valor Econômico nesta segunda-feira (11), feito por um pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), expõe esse contraste, e acrescenta que, além da diferença nos salários, os sindicalizados possuem mais benefícios. Quase 64% dos trabalhadores com vínculos aos sindicatos têm acesso ao auxílio-alimentação, ante 49% dos não sindicalizados. No caso de auxílio-transporte, os índices são de 54% e 49%, respectivamente. No entanto, a pesquisa trabalha com a hipótese de que a modernização nas leis do trabalho pode aumentar esse “fosso”, já que torna a contribuição sindical facultativa. Yeda Crusius discorda do argumento. Apesar de concordar com os números, a tucana entende que os motivos da discrepância entre os salários se devem à qualidade do trabalho oferecido aos brasileiros nos últimos anos, e às condições de contratação. Para a parlamentar, a reforma trabalhista pode consertar essa distorção.