Ramalho: pacote para construção civil prejudicará Previdência

Presidente do Núcleo Sindical do PSDB acredita que medidas criarão prejuízos a orçamento

Acompanhe - 05/12/2012

Brasília – O presidente do Núcleo Sindical do PSDB, Antonio Ramalho, avalia que o conjunto de medidas anunciado na terça-feira (4) pela presidente Dilma Rousseff para impulsionar a construção civil tende a prejudicar o orçamento da Previdência Social.

Ramalho questiona uma das medidas principais do pacote, que altera o pagamento de impostos por parte dos empresários do setor. Ao invés de contribuir com 20% da folha de pagamento para o INSS, como ocorre hoje, os empregadores arcarão com uma alíquota de 2% sobre o faturamento das companhias. A ação trará economia para os empresários – e a expectativa do governo é que estimule mais contratações formais no setor. Mas, para o deputado estadual (PSDB-SP), seus efeitos danosos para a Previdência serão mais significativos, se comparados às vantagens.

“A Previdência ficará desguarnecida com a queda na arrecadação. Será formado um buraco preocupante. Além disso, a arrecadação sobre o faturamento é algo que pode estimular a sonegação. Alguns empresários poderão criar mecanismos para ter um faturamento oficial inferior ao real, e assim pagarem menos impostos”, declarou.

O tucano disse também que a indústria da construção civil sentia a carência, há meses, de um conjunto de medidas que impulsionasse os negócios na área, mas lembra de ações que beneficiaram outros ramos, como a indústria automobilística, e que não foram previamente replicadas no setor.


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05/12/2012