Receita Federal foi usada como instrumento eleitoral
Novos fatos graves aparecem a cada dia e governo continua embromando
Novos fatos graves aparecem a cada dia e governo continua embromando
Brasília (27) – O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra, lamentou o uso político da Receita Federal para favorecer a candidatura oficial. “O secretário da Receita ao construir que o vazamento pode ser apenas um crime comum está agindo politicamente para desviar do que realmente interessa”, reforça.
Para Guerra, o governo, o PT e a Receita continuam se enrolando na própria teia: “ ao tentarem afastar a motivação eleitoral dão uma demonstração que continuam fazendo política eleitoral. Ontem à noite, em nota oficial, a Receita disse que não havia conclusão. Doze horas depois, anunciam que a Receita é um balcão de negócios. Daqui a pouco, o Dutra (José Eduardo, Presidente do PT),vai dizer que a culpa é do PSDB”.
O presidente do PSDB diz também, que o governo ao empurrar a conclusão das investigações para depois das eleições “é o mesmo que assinar embaixo” do que ele e o PSDB estão afirmando.
Nesta sexta-feira, a Receita Federal admitiu a violação dos dados fiscais de quatro políticos do PSDB e que pode haver compra e venda de informações sobre declarações de Imposto de Renda. Dados da corregedoria da instituição revelaram detalhes da investigação e comprovam a violação dos sigilos do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, de Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e do empresário Gregório Marin Preciado.
Os documentos da apuração divulgados pela imprensa mostram que os dados foram acessados, em sequência, no dia 08 de outubro de 2009. De acordo com apuração, foi utilizado um computador da delegacia da Receita Federal em Mauá (SP).
Para Eduardo Jorge o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, atua como um agente político ao dizer que “há indícios de um balcão de compra e venda de informação no órgão”.
Eduardo Jorge relembra que Cartaxo evitava conclusões sobre o caso antes de a informação vazar para a imprensa. “Agora, como ficou claro o objetivo político, eles vêm dizer que descobriram que é corrupção? Cartaxo prefere atacar a própria instituição que representa a permitir que se levante uma suspeita sobre o partido político que o nomeou para o cargo. Essa afirmação não honra nem a Receita, nem a biografia dele”, lamenta.