Recessão: Operações no Brasil já prejudicam resultado de multinacionais

Acompanhe - 08/04/2016

textBrasília (DF) – A crise instalada sob o governo da presidente Dilma Rousseff derrubou os balanços das multinacionais presentes no país, que vão de hotelaria ao varejo, passando por alimentação e montadoras. Com a queda da atividade econômica, alta do dólar e inflação elevada, grupos de diferentes setores de atuação registraram recuo de receitas em 2015. Em seus balanços, empresas como Walmart, GM e Arcos Dourados (McDonald’s) apontam o aumento de preços, a piora do emprego e a queda no consumo como determinantes para o recuo. As informações são do jornal O Globo desta sexta-feira (8).

O deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG) aponta os equívocos de política econômica cometidos pelos governos do PT desde 2008 como responsáveis pela desorganização do sistema econômico, desencadeando a maior recessão desde 1930, com taxas de crescimento negativas e queda brutal dos investimentos.

“Isso repercute na retração da renda e no desemprego, que já atinge quase 10 milhões de brasileiros. Além disso, a falta de transparência que emergiu da contabilidade criativa, das pedaladas fiscais levou o Brasil a uma situação radical de descredibilidade e desconfiança, que se traduz nos recorrentes rebaixamentos no ranking das agências de classificação de risco”, afirmou.

De acordo com a reportagem, o banco americano JP Morgan Chase avalia que pode perder até US$ 2 bilhões por causa da crise. Com mais de dois mil clientes no país, a instituição está preocupada com o agravamento dos cenários econômico e político. O JP Morgan atende 450 multinacionais que atuam no país, e aproximadamente 50 companhias brasileiras com negócios no exterior.

O tucano lamentou que a insegurança e instabilidade geradas pelo governo Dilma retirem possíveis investidores do país. “O momento é favorável na economia internacional, de grande liquidez. Há capitais que potencialmente gostariam de vir para o Brasil, mas não o fazem devido ao cenário de crise. Os investimentos que estão ocorrendo são exclusivamente porque o preço dos ativos brasileiros está muito baixo, em função da variação cambial. Só há um caminho para recuperar a rota do crescimento econômico e desenvolvimento social: mudar o governo e a orientação da economia”, concluiu.

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08/04/2016