Responsável pela segurança da energia do país, ONS gasta com ternos, sapatos e banquetes
Uma avaliação da Agência Nacional do Sistema Elétrico (Aneel) constatou uma série de irregularidades no Operador Nacional do Sistema (ONS), órgão que tem como função monitorar e avaliar permanentemente as condições de segurança e continuidade do suprimento de energia elétrica no país. Foram identificadas compras de ternos, sapatos, alimentos para “coffee breaks” e jantares em restaurantes caros do Rio de Janeiro, cidade onde está instalado o ONS.
O deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE) aponta que o órgão foi contaminado por profissionais sem qualificação ligados ao governo, assim como a Aneel não cumpre seu efetivo papel de fiscalização. “Infelizmente, depois que Lula assumiu o governo, depois que Dilma assumiu o governo, essas agências – como as estatais, viraram primeiro: cabide de emprego. Nomeando pessoas que não tinham qualificação. Então, é mais uma constatação de que essas agências reguladoras não vem desenvolvendo os seus trabalhos em virtude desses nomeados, apadrinhados do PT e seus coligados que só pensavam em ter o poder pelo poder”, afirmou.
Na fiscalização, a agência afirmou que foram gastos quase R$ 500 mil de forma irregular entre 2013 e 2014. Para o deputado Raimundo Gomes de Matos, o aparelhamento do Estado vem retardando o desenvolvimento do Brasil.
“Quer dizer, há uma falta de planejamento, há uma falta de compromisso dessas agências reguladoras e em todos os setores. São agências que poderiam melhorar toda essa logística de energia elétrica, de telecomunicações, na Anac, de aviação civil. Todas essas agências estão contaminadas. Por isso, nós temos que mudar sim a gestão do nosso país.”
O ONS ainda possui prazo para responder aos questionamentos da Aneel. O órgão tinha até 15 de abril para se explicar, mas pediu uma extensão de prazo, que ainda está sendo analisada pela agência.
