Revista The Economist defende renúncia de Dilma após nomeação de Lula

Acompanhe - 24/03/2016

The Economist capa dilma“Hora de ir embora” é a chamada de capa da nova edição da revista britânica The Economist, que traz ao lado da sua manchete uma foto da presidente Dilma Rousseff. A revista britânica defende a saída da petista da Presidência da República. Esta não é a primeira vez que a publicação faz críticas à petista este ano. Uma foto da presidente em pose cabisbaixa ilustrou a capa do primeiro número da publicação em 2016, com o título “Queda do Brasil – Dilma Rousseff e o desastroso ano que vem pela frente”.

Desta vez, a matéria afirma que Dilma deveria renunciar ao cargo após nomear o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil, no que “parece ser uma tentativa grosseira de impedir o curso da Justiça”. A publicação destaca que a saída de Dilma abriria um novo começo no país, mas que apenas uma nova eleição daria aos eleitores a oportunidade de delegar as reformas a um novo líder – já que o vice-presidente Michel Temer, assim como o PT, está envolvido no escândalo de corrupção na Petrobras.

A “The Economist” rechaça o argumento dos que defendem o governo de que os “juízes estão encenando um golpe” em referência à operação Lava Jato. A revista também lista três alternativas para a saída da presidente Dilma que teriam fundamentação legítima. A primeira seria a comprovação da petista de ter tentado obstruir as investigações sobre a corrupção na Petrobras. A segunda seria a descoberta de financiamento da campanha de reeleição com propina do esquema de corrupção da estatal. Por último e, segundo a revista britânica, a melhor saída, a renúncia.

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24/03/2016