Ricardo Ferraço pede que TCU abra ‘caixa preta’ dos cartões corporativos de Dilma e Lula

No período compreendido entre os anos de 2003 e 2016 os gastos com cartões corporativos chegaram a R$ 672,7 milhões

Acompanhe - 25/05/2016
ferraco_interna13O senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) encaminhou nesta quarta-feira (25) ao Tribunal de Contas da União (TCU) um pedido de auditoria para análise de pagamentos sigilosos, feitos em cartões corporativos, de contas pessoais de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, incluindo também assessores dos petistas. No período compreendido entre os anos de 2003 e 2016 os gastos com cartões corporativos chegaram a R$ 672,7 milhões. O tucano chamou Dilma de “Maria Antonieta” do cerrado, em referência à rainha da França destituída do cargo por uma revolução.

“Dilma deixou Maria Antonieta no chinelo. É uma coisa nababesca. Não havia limite nem pudor para os gastos do dinheiro do povo. Dilma e Lula se apresentavam em público como os que se condoíam com a vida simples dos pobres, e no privado viviam como reis. Dilma viajou pelo Mundo e nunca quis ficar nas embaixadas, só em suítes de hotéis seis estrelas”, disse o senador Ferraço ao jornal O Globo.

A evolução dos gastos durante a era petista (entre 2003 e 2016) teve, segundo a matéria de O Globo, um “aumento astronômico”. Em 2003, os gastos estavam em R$ 9,2 milhões. Passaram a R$ 80 milhões em 2010 e em 2014, quando Dilma foi reeleita, estavam em R$ 64,8 milhões. Grande parte das despesas está sob sigilo, com a alegação de segurança.

“Esses milhões colocados sob sigilo, sem que a população saiba como seu dinheiro foi gasto, faz parte de uma caixa preta que o TCU tem de abrir. O sigilo não pode servir de biombo para esconder esses absurdos. Há algum tempo o próprio Globo fez uma matéria mostrando que os gastos da princesa Dilma ultrapassam em muito os gastos da Casa Branca e da família real inglesa. A gente tem notícias de jantares pelo mundo que nem em sonho o povo imagina” afirmou Ferraço.

O senador destacou que 43% dos gastos dos cartões corporativos foram classificados como “informações protegidas por sigilo, nos termos da legislação, para garantia de segurança e do Estado” o que, para ele, elimina qualquer transparência destes gastos.

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25/05/2016