Rogério Marinho aprova medidas anunciadas por novo ministro da Fazenda: “Estado deve entender que o ajuste precisa ser feito pelo lado da despesa”

“Estado deve entender que o ajuste precisa ser feito pelo lado da despesa”, afirmou o deputado tucano

Acompanhe - 13/05/2016

Rogério-Marinho-2A prioridade do governo de Michel Temer para a área econômica é o controle de gastos públicos. A afirmação foi feita pelo novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em entrevista concedida ao jornal Bom dia Brasil, da TV Globo, na manhã desta sexta-feira (13). “Temos de controlar o crescimento das despesas públicas. Estamos trabalhando em um sistema de metas de despesas, onde não haja crescimento real. As contas deverão ser mantidas em termos nominais”, disse o novo ministro.

O economista e deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) aprovou a postura adotada por Meirelles. Na visão do tucano, o corte de despesas por parte do governo é fundamental para o país recuperar sua saúde financeira.

“O mais importante, na questão do controle dos gastos públicos, é o Estado brasileiro entender que o ajuste precisa ser feito pelo lado da despesa. A sociedade não aguenta mais pagar novos tributos. O Estado precisa ser diminuído, e o presidente Temer sinalizou nesse sentido. Os gastos públicos têm que ser racionalizados e diminuídos também no que é supérfluo. Programas que são deficitários ou que têm um apelo popular, mas que na verdade não estão preocupados com o resultado, mas apenas com a questão eleitoral, precisam ser mais bem gerenciados, para retirar o que há de excesso”, avaliou o parlamentar.

Déficit bilionário

Na entrevista ao Bom dia Brasil, o novo ministro da Fazenda também afirmou que o déficit nas contas públicas, estimado em incríveis R$ 96 bilhões pela gestão de Nelson Barbosa, responsável pela pasta no governo Dilma, pode ser ainda maior. Para Rogério Marinho, a nova equipe não pode lamentar a situação e deve assumir a responsabilidade pela equação dos gastos públicos.

“Todos sabemos que o país está destroçado, mas nós temos esta responsabilidade de reconstruir o país, e não podemos fugir dela. O primeiro passo é mostrar o tamanho do problema – é o que a equipe econômica precisa fazer -, qual é o real tamanho dos déficits nas contas públicas e o que é necessário fazer para, ao longo dos próximos anos, equacionar essa situação, porque nós não vamos conseguir fazer com que o país consiga equilíbrio econômico em 24 horas, mas a gente tem que sinalizar nesse sentido”, salientou o tucano.

Programas sociais

Como o presidente em exercício Michel Temer já havia feito, Meirelles destacou que os programas sociais do governo Dilma serão mantidos pela gestão peemedebista. Na visão de Marinho, tal decisão comprova, definitivamente, a mentira propagada por Dilma e seus seguidores, que repetiam à exaustão que o impeachment resultaria no fim desses programas.

“O que a gente aprendeu nos últimos 13 anos de PT no poder é que não há nenhum compromisso com a verdade por parte do Partido dos Trabalhadores. Mentir é um hábito, é um método, e a mentira reiterada é a forma que eles encontram para fazer com que sua mentira seja repercutida, ampliada, insuflada”, ressaltou o deputado, que emendou dizendo que é necessário um gasto mais racional com esses programas.

“O que o Temer falou e o seu ministro referendou é que o Brasil não pode prescindir dessa rede, dessa teia de proteção social que foi implantada inclusive no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso. Agora, precisa ter controle. Não se pode usar, como se usou no governo da presidente, de forma política, de forma pouco republicana. É uma ação que tem que atender aqueles que precisam, e na hora que não precisarem mais, até porque serão emancipados pela oportunidade de emprego, pelo desenvolvimento de suas respectivas regiões, não serão mais contemplados”, encerrou.

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13/05/2016