Senado elege hoje parlamentares da Comissão do Impeachment, com maioria contrária a Dilma

O cenário é desfavorável para a presidente, uma vez que dos 21 integrantes da comissão, apenas cinco concordam com a permanência da petista no governo

Acompanhe - 25/04/2016

senado_081013_josecruz.abr_Os parlamentares que formarão a comissão especial que analisará o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff serão eleitos nesta segunda-feira (25), no Senado Federal. O cenário é desfavorável para a presidente, uma vez que dos 21 integrantes da comissão, apenas cinco concordam com a permanência da petista no governo, segundo revela o jornal O Globo desta segunda.

Depois de aprovado na comissão, o processo seguirá para votação no plenário do Senado. A oposição necessita de 41 votos para que o processo de impeachment seja aprovado em plenário, que também caminha para afastar a petista do cargo. No total, 48 senadores já declararam seu voto favorável ao afastamento, sete a mais que o mínimo previsto pelas regras do Senado para Dilma deixar o cargo por 180 dias.

A comissão deve ser liderada pelos senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Raimundo Lira (PMDB-PB), cotados para relator e presidente, respectivamente, como revela o jornal O Globo. O colegiado será instalado oficialmente nesta terça (26), quando os dois devem ser eleitos, após terem os nomes aprovados no plenário.

A eleição da comissão pelo plenário deveria ter ocorrido semana passada. No entanto, o PT conseguiu, com ajuda do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), adiar essa etapa. Mas por intervenção do senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, Renan aceitou realizá-la nesta segunda – o que agiliza o andamento do processo no Senado.

Com o objetivo de alongar ao máximo o processo e de conseguir influenciar a opinião pública, o ministro José Eduardo Cardozo (AGU) admitiu que pretende formar um “tribunal internacional” com juristas estrangeiros para acompanhar o julgamento final no Congresso.

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25/04/2016