Serra: Dilma Rousseff é um envelope fechado
Candidato destaca que eleitores não conhecem as opiniões petista
Candidato destaca que eleitores não conhecem as opiniões petista
Brasília (10) – Ao participar de sabatina do jornal O Globo, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra (SP), afirmou nesta sexta-feira que sua adversária Dilma Rousseff (PT) é um “envelope fechado”. Para ele, os eleitores não conhecem as opiniões da petista, que tem evitado os debates e as sabatinas.
“O Brasil não vai eleger um envelope fechado, é demais isso, é uma temeridade. Alguém que de duas opções uma: ou não tem idéias ou as tem contraditórias. Que efetivamente faz uma campanha terceirizada. As pessoas vão se dando conta, na reta final”, afirmou Serra, que já disputou (nove) eleições para deputado, senador, prefeito, governador e presidente.
Para o candidato, uma das principais características do PT é a ingratidão, “é uma espécie de cicatriz no coração deles, e dei exemplos de ingratidão deles com o governo anterior, pois não deram valor às últimas ações”. Apesar de ter se beneficiado de ações passadas, o partido de Dilma Rousseff foi contra ao Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, entre outros projetos que garantiram a estabilização da economia.
Durante a sabatina, o tucano falou das propostas para educação, política externa, reforma política, cultura, investimentos em infraestrutura , estradas, portos e aeroportos, e defendeu uma imprensa livre (coisa que o PT é contra) e investimentos no Pré-Sal.
Questionado sobre a violação de dados fiscais, ele voltou a dizer que relatou ao presidente Lula em janeiro a suspeita sobre o vazamento do sigilo fiscal de sua filha, Verônica, em blogs vinculados ao PT. As denúncias de quebra de sigilo de tucanos ligados a Serra têm ocupado as páginas da grande imprensa, que suspeita da campanha petista.
Perguntado sobre como será o Congresso em seu governo, Serra prometeu conduzir com habilidade a relação com os parlamentares. Ele acrescentou que o atual governo foi um dos mais fracos na relação com os congressistas. “Eleito presidente, a parte política estará bem conduzida. Conheço a vida parlamentar e tenho certeza que conseguirei levar satisfatoriamente a questão política no Congresso”, disse.
Ao ser questionado ainda sobre a possibilidade de encerrar no seu governo a possibilidade de reeleição, Serra disse ser simpático à ideia, mas afirmou que não irá transformar o fim da reeleição em um “objetivo” de governo.
O presidenciável criticou a condução do Sistema Único de Saúde (SUS) que, segundo ele, tem ficado à deriva com o loteamento político dos órgãos públicos. Além disso, ele lamentou que o governo do PT não tenha dado continuidade à implantação do cartão SUS, uma espécie de carteirinha de identidade da saúde, com dados do paciente como vacinas e cirurgias.