Serra reúne 353 prefeitos em SP e deflagra a “campanha da virada”
Prefeitos e mais de mil outras lideranças ouviram um discurso emocionado do candidato do PSDB.
Além de prefeitos, mais de mil outras lideranças políticas ouviram discurso emocionado do candidato do PSDB
São Paulo (02) – José Serra deu o grande “start” da “campanha da virada” esta noite em São Paulo, no Credicard Hall, onde reuniu 353 prefeitos paulistas e mais de três mil lideranças políticas de todas as regiões do Brasil. Além dos prefeitos, atenderam ao chamado do presidenciável tucano vice-prefeitos, ex-prefeitos, vereadores, ex-vereadores, senadores, deputados e candidatos a governador do PSDB e de partidos aliados. Todos se prontificaram a ocupar as ruas de todo o País para garantir o segundo turno e a vitória nas eleições que se avizinham.
Na oportunidade, Serra anunciou em primeira mão: “Eleito presidente, vou enviar ao Congresso Nacional uma lei especificando de maneira clara as funções dos municípios, estados e União, para que os prefeitos tenham uma fatia maior de recursos, correspondente às suas obrigações, porque hoje o dinheiro está mais curto para os prefeitos e as obrigações só fazem aumentar”.
No Credicard Hall, em São Paulo, ele emocionou a “tropa” e também se emocionou. Sobretudo ao encerrar o seu discurso de mais de 45 minutos – ouvido atentamente do início ao fim – defendendo a democracia no País e citando esse trecho do hino nacional: “Verás que o filho teu não foge à luta nem teme quem te adora a própria morte, terra adorada, Brasil, ó pátria amada”.
Antes do Serra, Geraldo Alckmin, candidato a governador do Estado, um dos mais entusiasmados, salientou: “A campanha começa agora”. Geraldo lembrou que, nesta mesma fase da sua campanha presidencial, em 2006, as pesquisas lhe davam 23% e ele acabou obtendo mais de 40% e levando a eleição para o segundo turno contra Lula. O evento no Credicard Hall começou por volta das 19h e só acabou após as 23h, quando as lideranças formaram fila para abraçar o Serra.
José Serra denunciou ainda a fábrica de “convênios irrealizáveis” que a máquina partidária do PT detonou no Brasil inteiro, até em cidades mais menores, com o objetivo de cooptar prefeitos para a sua adversária. “Nenhum convênio será realizado agora. Isso é tarefa para o novo Governo. Fiquem atentos”, observou.
O candidato do PSDB enfatizou que, enquanto o PT reduziu drasticamente o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), ele levou inúmeras obras para todas as cidades de São Paulo, como os ambulatórios médicos de especialidades, cursos técnicos e estradas vicinais.
Como governador de São Paulo, acrescentou, ele firmou quase sete mil convênios com os prefeitos. “Prefeito é sempre parceiro nosso, vocês são testemunha, independente da carteirinha do partido, porque governa para as pessoas”.