Taxa de desemprego deve sofrer a nona alta seguida do ano, chegando a 7,8%
Brasília (DF) – A crise social patrocinada pelo governo Dilma Rousseff tem chegado a níveis cada vez mais críticos quando se fala em mercado de trabalho. Uma nova redução no volume de postos de trabalho nas seis principais regiões metropolitanas do país deve levar a taxa de desemprego à sua nona alta seguida neste ano, chegando aos 7,8%. As estimativas foram feitas de acordo com a média de projeções de 16 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Econômico.
De acordo com reportagem publicada nesta quinta-feira (22/10), a atual taxa de desemprego está 2,9 pontos percentuais acima da registrada no mesmo período de 2014. O mês de setembro também marca o sexto saldo negativo seguido do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Foram 68,1 mil postos com carteira assinada perdidos. Em agosto, foram fechadas 86,5 mil vagas. Só neste ano, o Brasil deve perder 1,3 milhão de empregos.
Para o deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG), a economia do país está regredindo ao invés de avançar. “O que o Brasil está vivendo é um típico processo de estagflação, ou seja, inflação alta, no nível de 10% ao ano, com desemprego e recessão forte. Vamos ter um crescimento negativo de 3%. O Brasil vai dar marcha ré, ao invés de avançar, e é evidente que essa situação de crise profunda, a maior crise econômica dos últimos anos, é fruto dos equívocos da política econômica do governo do PT”, afirmou.
O tucano destacou que a gestão petista cometeu uma série de erros – no setor elétrico, sucroalcooleiro e do petróleo – que, somados ao desgoverno nas contas públicas, às chamadas “pedaladas fiscais” e à tentativa de reeleger a presidente Dilma, comprometeram “o futuro do Brasil e o horizonte das novas gerações”.
Pestana acrescentou ainda que a face “mais dramática” da atual crise é o desemprego. “Pior que salário baixo é salário zero. O desemprego leva as famílias a graves dificuldades, leva o cidadão ao desespero, e é uma situação gravíssima porque a gente não vê no horizonte a retomada da confiança na economia brasileira”, disse.
“O governo não tem credibilidade, fez um intervencionismo totalmente atabalhoado, perdendo a confiança dos investidores, e no comércio exterior não há sinal de retomada. É uma situação muito grave, e essa crise tem nome e sobrenome: se chama Dilma Rousseff, Partido dos Trabalhadores”, completou o deputado.