Temer indica doutora em economia para presidir o BNDES
O presidente em exercício Michel Temer escolheu para comandar o Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) uma mulher: a economista Maria Silvia Bastos Marques. Em meio às críticas por não ter uma representante do sexo feminino em sua equipe de governo, a escolha de Maria Silva foi bem recebida pelo mercado. Ela será a primeira mulher a presidir o banco de fomento estatal que, no ano passado, desembolsou R$ 136 bilhões e é o principal financiador de longo prazo do país.
Executiva respeitada no mercado, a doutora em economia pela FGV terá a missão de mudar o foco do BNDES, buscando retomar investimentos produtivos. As informações são de matéria publicada nesta terça-feira (17) pelo jornal Folha de S. Paulo.
O convite foi aceito nesta segunda-feira (16). O presidente de honra do PSDB, Fernando Henrique Cardoso (FHC), já havia pensado na economista como nome apto a comandar o BNDES na época em que presidiu o país.
O deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN) ressalta que, independentemente das questões de gênero, é preciso enfatizar o critério técnico dos auxiliares do novo governo. “O que nos interessa é o critério técnico, é a capacidade e a articulação política que esse governo terá para fazer o trabalho de reconstruir o país. O Brasil está destroçado, por isso não podemos ficar com suscetibilidades. Temer levou em consideração o desenho político do Congresso e o perfil técnico dos seus indicados”, afirmou.
Marinho ressaltou a importância do BNDES para a recuperação econômica do país e lembrou os erros cometidos na gestão de Luciano Coutinho, que estava à frente do banco desde o governo Lula.
“O BNDES é um órgão de fomento do governo que, ao longo dos últimos anos, foi colocado a serviço de um projeto de perpetuação do poder do PT. Ao longo dos últimos 13 anos, esse banco se voltou para recepcionar pedidos do governo federal no sentido de potencializar um projeto de infraestrutura no exterior, principalmente países que tinham afinidade ideológica com o PT. Isso gerou uma série de prejuízos que foram se acumulando ao longo dos tempos e que estavam sendo cobertos pelo Tesouro Nacional, o que debilitou a economia nacional”, disse.
O deputado tucano concluiu dizendo que “a escolha da economista Maria Silva é uma resposta ao mercado e a necessidade que o país tem de trazer equilíbrio para as contas públicas e de dar um caminho adequado ao desenvolvimento do país”.