“Temer quer cercear farra de Dilma com o dinheiro público”, diz deputado Hauly

Acompanhe - 09/06/2016

luiz carlos hauly foto Agencia CamaraBrasília (DF) – As mordomias da presidente afastada Dilma Rousseff parecem estar com os dias contados. O presidente em exercício, Michel Temer, pretende revisar e cortar o número de postos que a petista levou para trabalhar com ela no Palácio da Alvorada. Antes de ser afastada, Dilma deu sinais de que pretendia manter um quadro de 12 a 15 assessores para auxiliá-la. No entanto, segundo levantamento feito pela equipe de Temer, ela acabou recrutando 36 cargos, dos quais 16 estão no topo da remuneração.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira (9), Temer determinou que a Casa Civil fizesse um “estudo jurídico” para verificar se Dilma realmente precisava de todos esses auxiliares. Apenas na semana passada, duas pessoas foram exoneradas e a expectativa é que novos nomes sejam cortados em breve.

O deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) defendeu o posicionamento da gestão do peemedebista de “cercear” as regalias da petista. “Estão apenas limitando a farra de Dilma com o dinheiro público. É inadmissível o que ela fez durante anos, destruindo a economia, a indústria, os estados e municípios, a Petrobras e os fundos de pensão. É o PT, mais uma vez, abusando, criando constrangimento e deixando mau exemplo ao país”, afirmou.

O presidente ordenou também acelerar as demissões de servidores ligados ao PT que ainda ocupam cargos no segundo e terceiro escalão do governo. A equipe de Temer pediu um levantamento do número de postos que ainda abrigam indicações consideradas políticas.

Ainda segundo a reportagem, na semana passada, a Casa Civil divulgou parecer em que permite Dilma utilizar aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) somente quando viajar de Brasília a Porto Alegre, onde vivem os familiares dela.

De acordo com a publicação, o advogado da petista, José Eduardo Cardozo, reagiu e protocolou nesta terça (7) ofícios no Planalto, no Senado e no Supremo Tribunal Federal (STF) para dizer que os cortes “constrangem” a defesa de Dilma. Segundo o documento, Dilma passaria a viajar de avião comercial ou via terrestre e sua segurança, nestes casos, seria de total responsabilidade de Temer.

O deputado tucano lamentou as afirmações de Cardozo, que, na avaliação dele, são “equivocadas”. “A defesa de Dilma foi feita com o dinheiro público por meio do ministro Cardozo e de toda a estrutura do governo do PT, o que, para mim, já é, no mínimo, antiético. É lastimável esse comportamento de Dilma e seu advogado”, reiterou.

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09/06/2016