Tentativa de acabar com independência da CGU é mais uma incoerência petista

Líder do PSDB na Câmara criticou proposta de Dilma de retirar o status de ministério da Controladoria-Geral da União

Acompanhe - 30/09/2015

carlos sampaio foto PSDB na camara 3Para o líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), a proposta da presidente Dilma de retirar o status de ministério da Controladoria-Geral da União (CGU) é mais uma das incoerências da gestão da petista.

A submissão a outras pastas, como o Ministério da Justiça, provocará a perda de independência do órgão, que hoje fiscaliza e dá transparência a medidas tomadas pela presidência da República e ministros de Estado.

“Todos ouviram a presidente Dilma dizer na ONU que, no Brasil, o governo e a população não toleram a corrupção. Para nossa surpresa, ela diz: como demonstração, vamos acabar com a CGU”, criticou o parlamentar. Acabar com a independência da CGU seria eliminar uma instância de investigação de um governo que tanto faz mal à nação, lamentou Sampaio.

A ideia absurda de Dilma obrigará a CGU a consultar um ministério para começar a investigação, explicou o tucano. “Será que algum dos ministros do PT será investigado com esse novo modelo submisso de CGU?”, questionou Sampaio.

A justificativa para a mudança é o ajuste fiscal proposto pela equipe econômica da petista, que esbanja contradições. A presidente apresentou ao Congresso um orçamento deficitário em R$ 30 bilhões. O governo anunciou corte de apenas R$ 200 milhões com redução de ministérios e cargos em comissão. Em seguida, surge um formato para conseguir R$ 66 bilhões. Boa parte sairá de impostos pagos pela população e outra virá à custa dos servidores públicos, que ficaram sem aumento e concursos. Apenas R$ 3 bilhões serão resultado de cortes na própria carne. “São essas contradições que desacreditam o governo do PT”, completou.

A gestão petista não dá o exemplo, mas quer impor à sociedade a volta da CPMF. Sem credibilidade nem base sólida no Congresso, o governo federal perde a chance de dialogar sobre novos tributos. “Esse governo perdulário não tem credibilidade para apresentar qualquer proposta de aumento de impostos”, acrescentou.

Do PSDB na Câmara

X
30/09/2015