Tripoli diz que debandada de prefeitos do PT em SP é reflexo dos crimes cometidos pelo governo federal

Acompanhe - 05/04/2016

img201510201824436628305MEDDiante da imensa impopularidade do governo de Dilma Rousseff e das inúmeras denúncias de corrupção envolvendo importantes nomes do PT, 24 prefeitos do partido no estado de São Paulo decidiram deixar a sigla, tendo em vista as eleições municipais deste ano. O número representa exatamente um terço dos 72 prefeitos que o PT elegeu no pleito de 2012. Para o deputado federal Ricardo Tripoli (PSDB-SP), a debandada de políticos do partido de Dilma é resultado de todos os crimes cometidos pela sigla em âmbito nacional.

“Isso [saída dos prefeitos do PT] é reflexo do que vem ocorrendo com o governo federal, os desmandos, a questão da prática de crimes. O partido, a nível nacional, está envolvido de tal forma em procedimentos de ordem penal que provavelmente manteve assustados os próprios prefeitos do PT”, avaliou o parlamentar. “Eles não querem correr o risco de serem sugados por uma legenda que cometeu abusos de dimensões jamais vistas”, completou.

De acordo com informações de matéria publicada pelo jornal O Estado de São Paulo nesta terça-feira (5), além dos 24 prefeitos, o PT perdeu, ainda, 186 vereadores no estado. Ouvido pela reportagem do Estadão, Pedro Tobias, presidente do PSDB de São Paulo, afirmou que considera o êxodo de políticos do partido como algo normal. “Não acho isso incoerente. As pessoas de bem do PT estão saindo. Não existe só malandro no partido”, frisou.

A matéria do jornal paulista destaca também que pesquisas realizadas pelo PT apontam que até mesmo os prefeitos cujas administrações são bem avaliadas veem suas intenções de voto caírem ao terem seus nomes associados ao partido. Na visão de Ricardo Tripoli, tal fato acontece por conta de toda a rejeição popular à sigla.

“A discussão hoje no Brasil inteiro é a questão do impeachment. O Brasil inteiro discute isso, vai às ruas, faz panelaço. Esses prefeitos do PT, se pretendem ainda continuar fazendo uma carreira política, não têm condições de, no PT, ficar explicando a cada instante que as pedaladas não foram crime, por exemplo. Como um prefeito vai ficar justificando isso na sua base eleitoral? Mesmo aqueles que estão bem avaliados não têm condições. Ele [candidato] iria fazer campanha sem explicar o que fez na gestão dele e muito mais se explicando por conta do que os líderes do partido dele vêm fazendo no Brasil”, salientou.

X
05/04/2016