Tucanos ressaltam consequências negativas das pedaladas fiscais do governo na vida do brasileiro
Em debate sobre o processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), disse que os fatos expostos comprovam o absoluto desprezo que o governo Dilma tem pelas regras fiscais do país. O comentário refere-se às pedaladas fiscais e a emissão de decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional, que caracterizam os crimes de responsabilidade, segundo os juristas que produziram o pedido de impedimento da presidente. Ferraço ressaltou que as irregularidades apontadas pelos especialistas convidados para a sessão para defender o impeachment vitimam principalmente a população.
“Quando um governante fere o seu orçamento e suas leis fiscais, ele desorganiza o país por completo, e de caso pensado. A consequência direta da desorganização e do colapso que vive o nosso país é que os programas sociais durante esses últimos meses do governo Dilma reduziram-se em 87%”, declarou Ferraço.
Na mesma sessão, o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), evidenciou que, além da crise, o governo busca deixar como herança a impunidade.
“Além de uma economia esfacelada, o governo ainda tenta deixar como herança última, o exemplo da impunidade, quando tenta fazer de conta que tudo isso que estamos aqui debatendo não tem maior consequência na vida nacional. Tanto tem que o Brasil vive simplesmente a maior crise de toda sua história”, destacou.
Cássio Cunha Lima criticou ainda a resistência do governo ao tratar dos delitos contra à Lei de Responsabilidade Fiscal cometidos em anos anteriores, apontados pelos convidados como estelionato eleitoral. O tucano entende que os crimes analisados no escopo de 2015 foram práticas continuadas de irregularidades anteriores.