Volta da CPMF: “Não há possibilidade de aprovarmos qualquer medida que signifique aumento da carga tributária”, adverte Aécio Neves
“Não temos um governo no Brasil que tenha um projeto de país. O projeto da presidente Dilma hoje é atravessar a semana”
Em entrevista à Rádio Gaúcha, nesta sexta-feira (29), o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, creditou ao “desespero, desgoverno e falta de planejamento” a ideia da presidente Dilma Rousseff de recriar a CPMF, mais conhecido como imposto do cheque.
“Não temos um governo no Brasil que tenha um projeto de país. O projeto da presidente Dilma hoje é atravessar a semana. Para ver se de semana em semana, ela chega ao final do governo”, afirmou Aécio.
Para o senador, está clara a falta de consenso inclusive dentro do governo Dilma sobre o assunto: “Essas medidas sequer foram discutidas internamente no governo. Hoje já manifestações atribuídas ao vice-presidente da República contrárias, ou pelo menos surpreso, com o lançamento desta proposta”.
Na sua avaliação, a proposta não deverá ter o apoio do PSDB. “Para nós do PSDB não há possibilidade de aprovarmos qualquer medida que signifique aumento da carga tributária, porque ao final quem paga a conta é a população brasileira que não aguenta mais. Seja pagar uma carga tributária tão alta como tem o Brasil, das mais altas do mundo, com a inflação crescendo, com os juros – também crescentes – impactando no crédito e o emprego indo embora”, concluiu.