Assessoria PSDB Alagoas
A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2015 com alta de 10,67%, a maior taxa anual desde 2002 (12,53%), informou nesta sexta-feira, 8, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os chamados preços administrados são os principais responsáveis pela volta da inflação ao patamar de dois dígitos, o que não se via há 13 anos. Esses são os itens cujos preços são controlados pelo governo – como energia, gasolina, gás de cozinha e plano de saúde.
Marcado por aumentos como o de 51% na energia elétrica, de 20,10% na gasolina e de 15,09% no ônibus urbano, o ano de 2015 fechou com uma alta de 18,08% nos preços administrados.
“A inflação é o maior inimigo de uma sociedade, todos os problemas ligados a ela são conseqüência do descontrole completo do governo sobre a economia do País”, disse o cientista político Eduardo Magalhães. “E não é a oposição que coloca a culpa no Governo do PT pela alta da inflação, os dados do IBGE provam isso. Contra fatos não há argumentos”, esclareceu.
Já os serviços subiram em menor ritmo, 8,09% no ano passado, abaixo da inflação média (10,67%). A principal pressão veio da alimentação fora do domicílio (10,38%), enquanto a maior baixa ocorreu em passagens aéreas, que ficaram 15,23% mais baratas.
O desequilíbrio nas contas públicas, segundo especialistas, também contribui para a escalada dos preços em 2015. Isso ocorre porque o aumento dos gastos do governo injeta dinheiro na economia, o que estimula a demanda e, por fim, acaba gerando inflação na ponta da cadeia.
“ou seja, esse é mais um peso que o brasileiro pobre não pode carregar sozinho. É preciso que o governo faça a sua parte para darmos fim a essa disparada da inflação”, concluiu o cientista político.