Mais uma vez a mulher brasileira é chamada a pagar a conta dos erros e equívocos do governo petista da presidente Dilma Rousseff.
Depois de não cumprir sua promessa da primeira campanha de construir cerca de 5.800 creches; de não criar e sustentar uma política pública adequada para o atendimento médico para a mulher; e de não estabelecer parâmetros corretos para o combate à violência, ao preconceito e à discriminação contra a mulher, a presidente Dilma Rousseff e sua equipe anunciam o fim da Secretaria de Políticas Para Mulheres (SPM) e sua vinculação à Secretaria de Direitos Humanos.
Esse retrocesso político-administrativo é inaceitável e revelador da pouquíssima prioridade – ou melhor, da nenhuma prioridade – que as gestões petistas dão às causas da mulher brasileira quando se trata de aparelhar o Estado para atuar de maneira efetiva e eficiente na defesa da mulher.
Nós, todas as mulheres brasileiras, independentemente de filiação partidária, de pontos de vistas distintos na abordagem da luta pela afirmação da mulher na sociedade brasileira, devemos nos unir e impedir que esse desatino político-administrativo ocorra de fato.
Não se pode buscar uma suposta eficiência administrativa exatamente acabando com uma estrutura de poder que sequer dispõe de recursos humanos, orçamentários e materiais para cumprir sua incansável missão, em que pese todos os esforços das atuais ocupantes dos cargos na SPM.
A SPM é sucessora da Secretaria de Estado dos Direitos da Mulher (SEDIM), criada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, em 2002, por inspiração, sensibilidade e trabalho da socióloga Ruth Cardoso.
Uma conquista de anos que não pode ser destruída pela incompetência de um governo, ironicamente comandado por uma mulher, para encobrir os erros da desastrada politica econômica do primeiro governo de Dilma Rousseff.
Temos que nos organizar, mobilizar todas as entidades da sociedade civil, de todos os partidos e representações de associações e sindicatos para barrar mais essa insensatez do governo Dilma Rousseff, que inclusive contraria a histórica “Ação para a Igualdade, o Desenvolvimento e a Paz”, a 4ª Conferência Mundial sobre a Mulher realizada em Pequim, em 1995.
O PSDB Mulher Nacional vem a público, mais uma vez dizer que não, de modo algum! Definitivamente, a mulher não pode pagar a conta!
*Solange Jurema é presidente do Secretariado Nacional da Mulher/PSDB