Brasília (DF) – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou ontem (29), após participar do evento Empresa Mais, promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo, que dificilmente o Congresso Nacional irá aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da nova CPMF. “Acho difícil o Congresso aprovar a CPMF, pois é difícil reunir 3/5 do Congresso neste momento de crise para aprovar uma PEC que aumenta impostos”, disse o tucano.
De acordo com a reportagem do Estadão desta quarta-feira (30), ao declarar que não aposta na aprovação da recriação da CPMF, Alckmin disse que o governo federal deveria ter optado por um caminho mais simples.
Segundo o jornal, a avaliação corrente é que o governo da presidente Dilma Rousseff deveria ter optado em enviar a medida da CPMF ao Congresso por meio de um projeto de lei complementar, pois uma PEC precisa da aprovação de 3/5 dos parlamentares.
O governador ressaltou ainda que o combate à crise não pode ter foco apenas em “cortar, cortar e cortar”. Na avaliação dele, é preciso pensar também no crescimento, caso contrário, morre-se na praia. “É preciso ter foco no crescimento e no desenvolvimento”.
Crise
Em relação à crise que vai levar o estado de São Paulo a registrar uma queda na arrecadação, este mês, de R$ 700 milhões, Alckmin explicou que, em outubro, a maioria das prefeituras não terá dinheiro para pagar o salário de seu funcionalismo.
Segundo o tucano, o estado vem fazendo a lição de casa. “Já fechamos secretarias, estatais, quatro fundações, reduzimos a frota. Fizemos todo o esforço de natureza fiscal.” Ele sugeriu que o governo federal siga o mesmo caminho, colocando em execução as reformas prioritárias para o país, como a previdenciária, a política, a trabalhista, a administrativa e a tributária.