Larissa Bastos – Agência Alagoas
Unidade foi inaugurada pelo governador Teotonio Vilela e conta com 789 vagas para receber custodiados de presídio de Arapiraca, além de desafogar delegacias
O governador Teotonio Vilela Filho inaugurou, na terça-feira (19), o novo Presídio do Agreste. A unidade, que fica situada na zona rural do município de Girau do Ponciano, a 600 metros da rodovia AL 220, conta com 789 vagas para custodiados do sexo masculino e vai substituir o antigo Presídio Desembargador Luiz de Oliveira Souza, em Arapiraca.
Seguindo padrões de segurança e gerenciamento inovadores, o presídio ainda pretende desafogar as delegacias do Estado, atendendo as exigências da Lei de Execuções Penas. Ao todo, são seis alas, com 768 celas coletivas que poderão abrigar até oito reeducandos cada, 19 celas individuais e duas celas para portadores de necessidades especiais.
Teotonio Vilela destacou que a construção é mais uma ação do Governo na luta contra a violência. “Estamos dando mais um passo nessa direção. São muitas ações e hoje inauguramos mais uma. Esse é um presídio moderno e que segue os princípios da ressocialização, contemplando a assistência aos presos, de modo que Alagoas possa entregar à sociedade homens de bem”.
Ele lembrou os investimentos do Estado na área. “Estamos investindo R$ 150 milhões, empregados nesse presídio e no que está sendo construído em Maceió, no sistema de comunicação digital, no videomonitoramento, nas mais de 30 bases de polícia comunitária, nas delegacias de homicídios. São vários equipamentos de segurança. Estamos fazendo nossa parte”, disse.
O governador ressaltou ainda a doação dos prédios que compõe o Presídio Desembargador Luiz de Oliveira Souza para a Universidade Federal de Alagoas (Ufal). A estrutura, que fica ao lado do campus da instituição em Arapiraca, será cedida pelo Governo e passará a servir a professores e estudantes.
“O maior legado do nosso Governo não é de concreto, embora todas as obras, como o Canal do Sertão, a construção de estradas e de 50 mil casas e a duplicação do saneamento, nos orgulhem muito. Nosso maior legado é a postura, é o modo de fazer diferente. Temos lutado contra todo o atraso e, para isso, temos pensado em políticas públicas que beneficiem a todos e não a apenas um grupo de pessoas”, afirmou Teotonio Vilela.
O vice-governador José Thomaz Nonô também falou sobre a obra. “Este é um bom local, pois não fica nem em uma área totalmente isolada e nem no meio da cidade. É o local adequado, no momento adequado, com a gestão adequada”, expôs. “Tenho orgulho de participar desse Governo, que está reeducando o Estado como um todo”, completou.
Também estiveram presentes à solenidade os secretários de Estado da Defesa Social, Dário Cesar, da Infraestrutura, Marco Fireman, e da Articulação Política, Rogério Teófilo; o superintendente de Administração Penitenciária, cel. Carlos Luna; o desembargador Tutmés Airan; o procurador geral de Justiça, Sérgio Jucá; o prefeito de Girau do Ponciano, Fábio Aurélio; os deputados estaduais Gilvan Barros e Inácio Loiola, e diversas autoridades da área.
Presídio do Agreste
Além de uma estrutura mais adequada, o Presídio do Agreste conta ainda com um novo gerenciamento. A unidade será a primeira do Estado a seguir o modelo de cogestão, no qual a empresa Reviver será responsável pelos 
serviços internos, enquanto transporte, escolta, remoção e supervisão ficarão a cargo da Superintendência Geral de Administração Penitenciária (SGAP).
O projeto da obra obedece à Lei de Execução Penal Nº 10.792, de 1º de dezembro de 2003, e atende todas as exigências legais quanto à assistência ao interno em campos como saúde, material, jurídico, educacional e religioso. Iniciada em novembro de 2012, a unidade está sendo entregue pronta para atender com toda a capacidade.
O método escolhido para a construção foi o Sistema Construtivo Penitenciário (Siscopen), composto por celas pré-fabricadas construídas com materiais quatro vezes mais resistentes que os utilizados nas edificações convencionais. Entre as principais vantagens do método estão à economia e praticidade operacional.
As áreas de vivência dos custodiados, de trabalho dos agentes penitenciários e de controle da unidade foram projetadas para viabilizar as atividades do cotidiano dos reeducandos, mas priorizando a segurança dos agentes, dos funcionários e das visitas, facilitando a logística do complexo. As celas também possuem isolamento térmico, diminuindo o consumo de energia elétrica.