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Joaquim Barbosa decreta prisão de João Paulo Cunha

cunhaBrasília (DF) – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, expediu nesta terça-feira (4) o mandado de prisão do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), condenado por envolvimento com o escândalo do mensalão. O petista estava em liberdade e passou a manhã em seu apartamento, em Brasília.

Segundo a reportagem de hoje do jornal O Estado de S. Paulo, o decreto deveria ter sido feito nesta segunda-feira (3), mas como o ministro participou da solenidade de abertura dos trabalhos legislativos, preferiu adiar a decisão para evitar constrangimentos.

O senador Cyro Miranda (PSDB-GO) reagiu com pesar diante da notícia. “É muito ruim ver um político sendo preso, mas a justiça está aí e aquele que fizer vai pagar”, afirmou.

Improvável

No passado, o tucano lembrou que a punição para os parlamentares era rara e improvável, cenário diferente do atual. “Espero que a Justiça preserve e torne cada vez mais frequente a condenação de quem merece, sendo político ou não”, reiterou Miranda.

No julgamento do mensalão, João Paulo Cunha foi condenado a seis anos e quatro meses por peculato (desvio de dinheiro público) e corrupção. Com a expedição do mandado, João Paulo deve se entregar às autoridades. Ele poderá se apresentar à sede da Polícia Federal ou diretamente no presídio da Papuda.

“Não havia mais como protelar a situação”, afirmou o tucano, que avaliou a notícia como “lastimável”.  “Ainda existem políticos que pensam que nunca serão punidos, o que é absurdo. A Justiça age de acordo com a verdade. Aqui se faz, aqui se paga”, reiterou.

Pena

O pestista cumprirá pena inicial de seis anos e quatro meses de prisão em regime semiaberto pelos crimes de corrupção e peculato durante o julgamento do Mensalão.

O mandado poderia ter sido expedido no dia 6 de Janeiro, logo após Barbosa rejeitar os recursos apresentados pela defesa e encerrar o processo contra João Paulo. O presidente, que também é relator do processo do mensalão, entrou em férias no dia 7 de Janeiro, mas não assinou o mandado. Barbosa retornou às atividades ontem (3), segundo a Agência Brasil.

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