Brasília (DF) – O clima de celebração tomou conta do lotado plenário do Senado Federal na manhã desta terça-feira (25), em sessão solene pelos 20 anos do lançamento do Plano Real. Recomendada pelo presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves, e pelos deputados federais Antônio Carlos Mendes Thame (SP) e Luiz Carlos Hauly (PR), a solenidade reuniu parlamentares tucanos, além de representantes de vários partidos e da sociedade civil.
Participaram ainda o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso e integrantes da equipe econômica responsável pela elaboração e implantação da moeda Real no Brasil, entre eles o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco e o economista Edmar Bacha.
Após a execução do Hino Nacional brasileiro, pela banda do corpo de bombeiros do Distrito Federal. O líder do DeM no Senado, José Agripino Maia (RN), salientou a importância da medida no combate à hiperinflação. “Os jovens de hoje, que completam 20 anos, não conheceram a inflação, que chegou ao nível de 20% ao mês”, ressaltou.
Segundo Maia, em decorrência das ações promovidas pelos tucanos, o Brasil apresentava finanças equilibradas. “Um padrão ético respeitável” , definiu ele referindo-se ao tratamento dispensado aos recursos públicos. Ele citou a contabilidade criativa do atual governo reduziu a economia a meros 1,9% de Produto Interno Bruto (PIB), “falta de coragem para diminuir os gastos e um país não competitivo e desindustrializado”.
Oposição petista
O líder do PPS na Câmara, o deputado federal Rubens Bueno (PR), lembrou que, à época do lançamento do Plano Real, em 1994, integrantes do PT foram contrários à medida, classificando-a como um “golpe”, “eleitoreira” e “passageira”. “Segundo Lula, o Plano Real era um estelionato eleitoral”, recordando o que disse o petista nos anos de 1990.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) e o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) ressaltaram a conquista que o plano foi para os brasileiros, e disseram que é preciso exaltar o sucesso na manutenção da estabilidade econômica e na contribuição para a força da moeda brasileira.
“Precisamos de seriedade. Política bem feita, tolerante e compreensiva, é o que o Brasil está precisando”, afirmou a senadora.