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O PSDB é ferramenta fundamental no enfrentamento da crise, diz cientista político

O professor e doutor em ciência política, Eduardo Magalhães, afirma que crise parecida com a que o País enfrenta atualmente,  só aconteceu há 50 anos. Filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) desde o ano 1992, quatro anos após a criação do Partido, o cientista político afirma que está vivendo uma amargura imensa como cidadão brasileiro.

“Há 50 anos eu passei por um sofrimento grande no Brasil, um momento de crise. Era estudante na Universidade Federal de Sergipe, atuante na política,mas me senti completamente impotente, não tínhamos alternativas, principalmente para mim como militante, e acabei optando por sair do Brasil. Passei 20 anos fora”, explica Eduardo.

Após conhecer 22 países e ensinar em várias universidades espalhadas pelo mundo, o tucano afirma que não existe nada parecido com o Brasil. “Vocês não sabem a grandeza deste País e do povo brasileiro”, afirmou categoricamente.

“Diferente” do que aconteceu no ano de 1964, hoje a situação é outra. Segundo ele, atualmente existe um ambiente propício para o surgimento de novas lideranças. “Agora passamos por uma situação de extrema dificuldade e eu vejo como um grande desafio para a juventude brasileira. O desafio de ter a coragem de ser protagonista. Ser um elemento transformador na sua cidade, escola, bairro e/ou País”, afirmou.

Para Eduardo Magalhães,jovens reunidos em plena sexta-feira [refere-se ao evento da juventude tucana realizado na última sexta-feira, dia 06, em Maceió] significam muito. “Quem está aqui presente tem algo na sua cabeça, no seu coração, no seu dever cívico de cidadão brasileiro, que vai contribuir para que nós consigamos descobrir o caminho não apenas do PT ou PSDB, mas desta pátria extraordinária que vocês ainda não sabem como é”, disse.

O PSDB conseguiu o caminho do desenvolvimento e progresso, na década de 90, relembrou.”Para conquistarmos este caminho novamente é preciso que idéias revolucionárias surjam. A juventude precisa aceitar o desafio e passar da posição de mero expectador para protagonista, como falei anteriormente. Para alcançar grandes transformações é necessário grandes lideranças”.

O professor relembrou a história da Social Democracia, a história do PSDB que partilhava dos mesmos ideais e tomava água na mesma fonte do PT.  “Nós tivemos o mesmo pensamento no século 19, com uma ‘pequena diferença’ que os últimos 13/14 anos vieram comprovar: o compromisso com a decência e dignidade, características da Social Democracia no mundo inteiro”.

De acordo com Eduardo Magalhães, o PT se afastou desse pensamento para produzir esse tipo de governo que envergonha a todos os brasileiros, que vivem em uma situação de medo de um futuro que não se pode mais controlar.

O PSDB luta por uma Pátria de todos os brasileiros, sejam eles ricos ou pobres, onde terá destaque o agronegócio, a indústria química e automobilística, entre outras coisas. “Isso já dizia o Menestrel das Alagoas antes mesmo de se falar em Social Democracia no Brasil”, comentou Eduardo. O discurso era do senador Teotonio Vilela no Projeto Brasil, um dos livros mais revolucionários da década de 70, que continha a tese de que o Brasil precisaria ser livre, com votação direta, sem anistia e com oportunidade para todos de maneira igualitária.

“Este é um País que não pode sem sequer se amedrontar diante de um problema que nós tínhamos todo o potencial, capacidade e forças para vencer. Eu acredito na nossa herança extraordinária, na beleza da nossa natureza, na sensibilidade do índio, na alegria do negro e na força do brasileiro”, destacou Eduardo Magalhães.

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