Por 55 votos a 22, os senadores abriram processo de impeachment contra a presidente Dilma, que agora se afasta por 180 dias do cargo para ser julgada pelo crime de responsabilidade. Interinamente, o vice-presidente Michel Temer assume a presidência. A bancada do PSDB, composta por 11 senadores, votou integralmente a favor do impeachment.
O PSDB declarou apoio ao governo de transição capitaneado por Michel Temer, e elaborou uma carta de “princípios e valores para um novo Brasil”, que norteia as ações que devem ser adotadas para que o Brasil volte a crescer e deixe o atoleiro em que o PT colocou o país. “o que esperamos hoje é que a gestão do PMDB cumpra com os compromissos já assumidos, como a reforma política; a renovação das práticas políticas e a profissionalização do Estado; a manutenção e a qualificação dos programas sociais; a melhor aplicação dos recursos públicos em setores como a saúde, educação e segurança pública; e o comprometimento com a responsabilidade fiscal”, destacou o deputado federal Pedro Vilela (PSDB AL).
Segundo o alagoano, o combate à corrupção e o apoio às investigações da Operação Lava Jato devem estar entre as principais medidas do governo interino de Temer.
Dilma foi afastada por ter cometido crime de responsabilidade ao realizar as chamadas pedaladas fiscais – prática que consiste em atrasar propositalmente o repasse de dinheiro a bancos públicos e privados – e por ter autorizado a emissão de decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso Nacional.
“O governo da presidente Dilma foi incapaz de ouvir os suplícios da rua. Vivemos uma crise generalizada e o Brasil estagnou. Agora é hora de se reerguer e tirar o nosso País deste retrocesso”, afirmou Vilela.