Brasília – Começou há pouco, com a defesa do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, o sexto dia de julgamento do mensalão do PT, o “mais atrevido e escandaloso” caso de corrupção do País.
Acusado de peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Pizzolato é defendido pelo advogado Marthius Sávio Cavalcante Lobato. Segundo o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil recebeu R$ 336 mil do valerioduto.
A situação de Pizzolato é complicada. Gurgel afirmou ainda que foram desviados R$ 73 milhões em recursos públicos do Banco do Brasil (BB), por meio do fundo Visanet, para abastecer o esquema do mensalão. Para o procurador-geral, a verba foi apropriada pela DNA Propaganda, agência do publicitário Marcos Valério, com o aval do então diretor de Marketing do BB, Henrique Pizzolato.
Gurgel afirmou também que peritos constataram que não houve comprovação de prestação de serviços da DNA, empresa usada para operar o esquema de compra de apoio político no governo Lula. Os desvios, segundo ele, ocorreram na hora em que o banco antecipou, em quatro ocasiões, entre os anos de 2003 e 2004, recursos do fundo para a agência de publicidade.
“O crime consumou-se mediante autorização dada por Henrique Pizzolato”, disse Gurgel.