Dentre as violações mais frequentes a esses direitos, a violência sexual se faz presente principalmente no interior do Estado do Amazonas.
Apesar de todos os direitos resguardados às crianças e aos adolescentes brasileiros, o que se verifica na realidade é uma gama de agressões a esses direitos assegurados tanto na Constituição Federal quanto no Estatuto da Criança e do Adolescente. A violência contra crianças e adolescentes tem se tornado cada vez mais frequente em nosso Estado. Geralmente, os agressores estão dentro das suas próprias casas, pois na grande maioria, eles são pessoas de confiança das crianças, o que torna muito dificultoso tanto o trabalho de descobrimento do crime quanto a avaliação de traumas sofridos por essas pessoas. Por isso, é preciso denunciar. É preciso unir forças no combate à violência infantil, por meio de uma interação constante entre os diferentes segmentos da sociedade, denunciando todo e qualquer tipo de violência às autoridades responsáveis pela proteção dessas crianças e adolescentes. Acredito que a família deve ser reestruturada, sob o aspecto de sua própria composição, da representação das figuras paterna e materna, sua responsabilidade frente aos novos desafios da educação familiar, a aceitação para mudança de comportamentos e de valores, o repensar sobre as funções e importância de cada um na família, a interferência de parentes, além do diálogo. O apoio às famílias e seus familiares deve partir de uma premissa de que todos devem mudar seus parâmetros sobre a educação de filhos; de que todos devem mudar o “modo de olhar” o problema. Encará-lo como uma porta que traz soluções e amenizar o sofrimento de um passado desgastado pela violência, pela agressão, pelo abuso. A mudança de foco sobre o problema possibilita, também, um enriquecimento interior e um amadurecimento propícios à aceitação das mudanças que, certamente, virão após esse exercício de cidadania. Por isso, o primeiro passo é denunciar. Precisamos proteger nossas crianças!
