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Arthur Neto fez um balanço do 200 dias à frente da Prefeitura.

22 de julho de 2013
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Há 200 dias no cargo, o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) garante que hoje é bem melhor ser prefeito de Manaus do que senador da República. Ele diz que essa realização pessoal acontece em todos os dias de seu trabalho, porque é um dos poucos políticos do país que pode andar de cabeça erguida e, às vezes, até aplaudido por seu povo.

O prefeito fez um balanço dos avanços e problemas que tem encontrado pela frente na difícil missão de governar Manaus. Ele também garante que não se sente refém do setor de transportes e avisa aos empresários que, agora, “Manaus tem um xerife que vai governar o sistema de transportes com mão de ferro”. Veja a entrevista.

O que é melhor, ser prefeito de Manaus ou senador da República?

Arthur Virgílio – Como senador, eu podia cumprir meu dever, sendo um senador do país, um senador do Amazonas. Podia defender a Zona Franca de maneira intensa, dedicada. Um senador do país porque jamais municipalizaria meu mandato. Procuraria ser uma voz ouvida – não pela vaidade –, mas porque eu sabia que, quanto mais projeção nacional verdadeira, respeitável eu obtivesse, mais eu poderia ajudar o meu Estado.
E isso eu aprendi com duas pessoas, aliás, três: meu pai, Almino Afonso e com meu compadre Bernardo Cabral. Quanto mais a gente projetar o nome lá, mais forte fica para falar do Estado. E quando você fala do Estado, ninguém te acusa de provinciano, porque você fala de assuntos nacionais e por isso é noticiado e respeitado nacionalmente.

 

E administrar Manaus?


Arthur – É uma coisa dura, extremamente extenuante, mas hoje eu prefiro mil vezes administrar Manaus a estar naquele Senado, porque aqui eu realizo coisas todos os dias. Todos os dias eu pratico intervenções na vida das pessoas. Todos os dias eu procuro melhorar alguma coisa na vida de um grupo social. Aqui nós vemos as coisas acontecerem.
Na quarta-feira começa a repaginação da avenida Getúlio Vargas, vai começar mesmo e isso muda a cidade. Hoje (sexta-feira) à noite eu vou visitar obras, uma coisa que há muito tempo eu não faço. Também vou fazer uma peregrinação a canteiros de obras, que nem começaram ainda, mas já viraram canteiro de obras. Hoje, em Manaus, para onde você se vira tem gente trabalhando, mexendo com terra, fazendo drenagem, as plataformas do BRT sendo montadas ou, em alguns lugares, desmontadas, para as que precisamos recompor.
Acabamos de inaugurar seis escolas e uma delas com sala totalmente digitalizada (patrocinada pela Samsung). Isso tudo em sete dias, entre escolas novas e restaurações. E a alegria de ver que está mudando o destino da cidade é muito grande. Então, se hoje você me pergunta se eu prefiro ser senador ou prefeito da cidade, eu respondo que prefiro ser prefeito acima de qualquer coisa, porque estou podendo realizar, eu estou podendo jogar a minha maturidade a favor de uma causa que é causa de servir diretamente ao povo de Manaus.
Como senador o senhor também não servia ao seu povo?

Arthur – Servia, mas não era uma coisa tão direta, tão próxima. E o calor das pessoas que a prefeitura te proporciona é incomparável. Quando você tem a honra de ser um dos poucos políticos do país que anda de cabeça erguida, que é bem recebido e até aplaudido pelo povo de sua cidade, isso é a maior alegria que um homem pode ter. E falo sinceramente, não tenho um pingo de vaidade nisso, tenho alegria, muita alegria.
Qual a sua rotina de trabalho?

Arthur – De modo geral eu acordo entre as 6h15 a 6h30, quando começo a fazer ginástica. A minha ginástica consiste em fazer 15 minutos de corrida, consiste em fazer meia hora a 40 minutos de pedal e 15 minutos de musculação. Quando é sábado e domingo eu já pego um personal e aí a gente pedala de 40 a 50 quilômetros, porque aí eu tenho mais tempo.
Depois disso saio, de manhã invariavelmente, para fiscalizar obras, para manter contatos com as pessoas. De tarde são despachos, que entram pela noite, não tenho nada contra assinar papéis. Quando eu tenho tempo, isto é, quando eu consigo sair cedo, eu volto a ver obras – é o que eu quero fazer hoje – e, quando não vejo obras ainda dou umas pedaladinhas antes de dormir.
É verdade que o senhor sai da prefeitura depois das 22 horas?

Arthur – Às vezes sim. Eu não trabalho menos do que 12, 13 e até 14 horas por dia. Por isso eu saio à noite. Agora, no fim de semana eu gosto de fazer o seguinte: sábado eu faço minha ginástica e saio para visitar bairros, acompanhar obras ou mesmo só andando de carro pelos bairros da cidade, vendo o que precisa, o que não precisa. O que pode, o que não pode.
Tomando providência na hora. Se tem o lixo ali eu ligo na hora para o secretário: “secretário, tem um lixo aqui  impraticável, mande buscar agora”. Daqui a pouco tempo uma senhora me liga e diz “Prefeito, aqui é dona Luzinete, o lixo foi retirado, viu? E domingo é o dia em que durmo um pouquinho mais, que eu faço uma ginástica ampliada e saio para fiscalizar a Ponta Negra pra ver se está tudo bem.
Mas aí eu vou de short, bicicleta… fico ali na faixa ampliada, falando com as pessoas, parando para ouvi-las. E ali acontece de tudo, fotos, abraços. Falam de coisas que precisam ser feitas, dão ideias, cobram… E aí eu me retiro e vou para a estrada do Turismo pedalar. Também gosto muito de entrar no supermercado, gosto muito de entrar no cinema.
O senhor vive a cidade 24 horas?

Arthur – Eu sou uma pessoa meio obsessiva. Quando eu entro numa empreitada eu vou com ela até o final. Eu não sou muito de ver limites. Eu respiro aquilo que faço. Respirei meu mandato de senador, respirei meu Ministério (Casa Civil, no governo FHC). Eu respiro a prefeitura, eu respiro os problemas de Manaus, eu respiro a água que vai jorrar neste semestre na Zona Leste e depois na Zona Norte, se Deus quiser até março do ano que vem. Eu respiro a preparação da cidade para a Copa, enfim…
Sua relação com o governo federal tem sido a ideal, isto é, o senhor tem recebido apoio?

Arthur – Vamos falar de coisas práticas. Tem um ministro que está sendo um parceirão nisso. O ministro Alexandre Padilha, da Saúde, que nos deu 120 obras importantes agora. Evandro (Melo, secretário de Saúde), temos uma meta que é a cobertura no atendimento de saúde de 70% das pessoas… Porque não 100? Esses 30% restantes têm plano de saúde. Se a gente tem 30+70=100, a gente acaba com a fila no Estado.
A gente faz uma interação com o Estado que é boa para os dois. Então,  o Padilha liberou para nós 120 obras fundamentais: 40 novas UBS (Unidade Básicas de Saúde),   ampliações de UBS que já existem e  reconstrução de outras. Também trabalhamos num esquema em que as nossas Carretas da Saúde vão para o SUS. Então vamos dar um grande salto  em menos de um ano, graças a esse bom ministro.
Mesmo ele sendo do PT, diga-se.

Arthur – Eu liguei para ele ontem e falei: Padilha você está vindo a Manaus? E ele respondeu que “no dia 24 eu estou aí”. E eu disse “gostaria de estar contigo e vou reunir todo o secretariado, subsecretários e principais assessores nossos para te homenagear no Palácio Rio Branco.
Quero te entregar uma placa de “Amigo da Cidade de Manaus”. E quero registrar que, quem ajuda de fato a cidade, tem a nossa gratidão. E aí eu fiz uma brincadeira com ele:  Padilha, eu vou chamar toda a imprensa local, vou chamar os blogs, os correspondentes dos jornais de fora, porque faço questão que o Geraldo Alckmin saiba (risos). E ele riu muito. Só que ele não sabe da melhor. O vereador  Wilker  Barreto, que é meu líder na Câmara, já apresentou projeto para torná-lo Cidadão de Manaus.
Prefeito, a Fifa começou a torpedear dizendo que talvez tenha sido um erro escolher Manaus como sede da Copa do Mundo. Isso coloca a gente de forma negativa na mídia mundial, como o senhor avalia esse incômodo?

Arthur – Olha, eu tenho visto o governador Omar Aziz lutar para tirar o atraso nas obras. Tenho certeza que o governador vai honrar o prazo de entregar as obras, que seria 31 de dezembro. E nesse ponto o governador foi enfático. “É 31  de dezembro,  mas eu quero entregar no dia 21 de dezembro”. 

Mas isso a Arena da Amazônia, não é? O  que eles cobram são todas  as obras da Copa.


Arthur – A mobilidade urbana? Bom, isso eu herdei da outra administração com dois anos de atraso, sem nada. Eu não podia fazer o BRT (sigla em inglês de Bus Rapid Transit), porque a própria presidente Dilma tirou do PAC da Copa e jogou para o PAC da Mobilidade. Estamos tentando fazer da melhor forma possível, mas não substitui tudo, o sistema Bus Rapid Service (BRS), que vai melhorar bastante o trânsito.
A cidade vai estar arrumada, sobretudo aquele corredor que chamamos de corredor da Copa com 55 quilômetros, que vai ficar um brinco, se Deus quiser. O governador está fazendo em parceria comigo – cedemos um terreno no valor de R$ 30 milhões para ele fazer um Centro de Treinamento, na antiga Vila Olímpica do bairro do Coroa­do.
O governador também está reformando o estádio da Colina, que também será um segundo Centro de Treinamento. Sinceramente, tivemos uma reunião com o pessoal da Fifa que esteve aí, tanto o governador Omar quanto eu conversamos de maneira muito altiva com eles.
Inclusive eu disse a eles que o Brasil era um, antes de se falar em Copa e hoje é outro porque eles (da Fifa) fizeram muitas exigências, inclusive de estádios suntuosos. Por isso, hoje, o povo está pedindo hospitais “no padrão Fifa”, nas ruas.  Disse para eles: “Os senhores não podem ignorar que o Brasil tem sido alvo de manifestações de rua”.
E como o senhor avalia esse momento da vida nacional, em que o país é tomado por manifestações de protestos e indignação?

Arthur – Algumas são bem intencionadas, partidárias, pequenas, que não conseguem convencer ninguém, porque seu líderes não percebem que há desgaste de partidos, sindicatos, centrais. Fazem o maior auê e colocam 300 pessoas nas rua. Mas quando é uma manifestação espontânea mesmo, vinda do povo, da sociedade civil, botaram 100 mil. Mas o povo que está em casa, que está na rua, percebe claramente que o Brasil de hoje não é diferente do Brasil da época em que fomos escolhidos para sediar a Copa.
O senhor acha que havia necessidade de derrubar o estádio Vivaldo Lima para construir uma nova Arena?

Arthur – Eu não era a favor da Arena – e tenho certeza de que o governador Omar também não gosta –, eu era a favor de reformar o Vivaldão. Até porque um país como os Estados Unidos da América não gastaram nada. Eles adaptaram o que já tinha e fizeram uma Copa econômica.
Agora vamos lá, no nosso caso. Vai ser feriado nos dias dos jogos, o trânsito vai estar bom, nós vamos ter um sistema de ônibus bastante eficaz, nós vamos ter muita segurança porque o governador está cuidando disso e a prefeitura vai deixar a cidade muito bem preparada do ponto de vista da pavimentação das ruas, do ponto de vista do embelezamento de vias fundamentais como a avenida Djalma Batista e outras.
Nós temos hoje uma capacidade melhor – que ainda não é a ideal –, de acomodações em hotéis.  Então, eu discordo da Fifa, eu não acho que tenha sido um erro escolher Manaus. E por outro lado, se erraram, é porque eles erram. Veja, eu vou fazer aqui um certo jogo dialético: Se erraram, escolhendo Manaus, é porque eles são passíveis de errar, não são infalíveis. E se não são infalíveis podem estar errados de novo dizendo que Manaus não deveria ter sido escolhida, não é?
Entra governo e sai governo e o que se vê é que o poder público continua refém do sistema de transportes. Ou por parte dos empresários ou dos sindicalistas, no caso os rodoviários, que volta e meia ameaçam fazer greve. O senhor, que em pouco mais de seis meses já enfrentou várias crises, se sente refém desse sistema?

Arthur – Eu governei quatro anos Manaus, há mais de 20 anos, e não fui refém. E nem agora me sinto. E olha que eu estou exagerando na liberdade, porque primeiro eu desfruto de um enorme prestígio que eu não vou abrir mão dele de jeito algum, junto aos rodoviários. Então, se tem uma turma que nunca me abandonou, é essa dos rodoviários.
Nos meus momentos mais duros da vida pública, eu sempre tive 90% dos rodoviários comigo e hoje não é nenhum pouco diferente. Quanto aos patrões, eles receberam umas determinações minhas muito claras. A primeira é que parem com briguinhas internas. A segunda é que os “primos ricos” das cinco empresas passem dinheiro da Câmara de Compensação, o que foi estipulado pela SMTU, para os “primos pobres”, e que estão em situação difícil.
Do subsídio que nós estamos dando, nós estamos ordenando que as empresas que devem o FGTS, sobretudo a Global, vá direto saldar sua dívida com o FGTS. Não é para comprar carro, comprar peça, garagem… não. É para ir direto para o FGTS.  Que recorram ao que a Caixa está dando que é o financiamento de 60% em 80 meses, o que reduz a prestação. Tem empresa aqui que está em situação deficiente porque tem linhas ruins, mas tem empresa aqui que está em situação deficiente porque também têm gestão ruim. E eu quero acompanhar essa gestão de perto.
O senhor diz que fez um monte de intervenções, quais foram?

Arthur – Vamos lá, uma comissão está dentro da Global, num prazo de 45 dias, prorrogado para mais 40, para nos dar um diagnóstico da situação financeira, funcional, operacional e contábil dessa empresa. Eu quero saber tudo. Estamos entrando no Sinetram também para saber tudo do Sinetran. Vou dominar tudo da bilhetagem eletrônica e do centro de controle operacional. Isto significa o quê? Que todas as empresas terão câmeras em todas suas dependências, essas câmeras terão que ser ligadas ao nosso centro de cultura tradicional, para gente brincar de Big Brother com eles… E tem mais: vamos instalar GPS em todos os ônibus.
Eu poderia perguntar quantos ônibus saíram hoje, mas nem pergunto, porque, via de regra, eles vão dizer 1.200, 1.500. E eu vou falar que foram 80? Eu nem corro atrás de sombra de avião e nem conto ônibus. Eu quero a verdade e a verdade vai vir do GPS. Eu vou agir com eles, com esse GPS, que nem marido ciumento quando quer saber se a mulher foi para o motel e começa a controlar o celular dela pelo GPS. Ou instala o GPS no próprio carro, enfim, eu quero saber tudo.
O senhor usou de um discurso duro?

Arthur – Eu falei para a Global o seguinte, e isso vale pra todos eles: A tua situação é difícil. Vou te dar as hipóteses que têm: Primeiro, você paga o teu FGTS com o que vier da compensação para você, o que vier do subsídio para você. Ah, não deu?, então você vende metade das tuas linhas. Ainda não deu? Você vende 100% das tuas linhas e sai de Manaus. Ponto, está acabada a conversa.
Vai ter quem queira ficar aqui e assumir seus compromissos. Então eu não me sinto refém deles, ao contrário, eles estão sendo enquadrados. Comecei a reunião, eles estavam aqui e eu estava sentado ali naquela ponta (aponta a mesa) e disse: olha, tem certas coisas que dependem da concordância de vocês, tem coisas que são atribuições minhas e aí eu não consulto vocês. Eu vou fazer e aí dizer a vocês que fiz.
E rezei a cartilha: isso tudo aqui eu vou fazer porque é atribuição minha. E aí, se o “seu fulano” gostou, porque vai receber da Câmara de Compensação, eu não estou preocupado com ele, quero que ele se reinicie no sistema. “Seu Beltrano” que se achava bom nesse trust (confiança), não gostou? Eu estou me lixando para o “seu beltrano”… Eu não tenho nenhum compromisso. Tenho compromisso com a cidade e eles têm que servir a cidade, enfim.
A prefeitura quer ser parceira deles, mas vai mostrar para eles que tem um xerife que vai controlar com mão de ferro o funcionamento do transporte coletivo. Com mão de ferro!
Um problema que há anos compromete a fachada de Manaus é a invasão de camelôs. Esse tem sido o calcanhar de Aquiles de outros prefeitos que o antecederam, mas que nada fizeram para resolver a situação. Quem ama Manaus quer ver sua cidade limpa, como o senhor vai resolver isso?

Arthur – O Centro Histórico é a nossa origem, a cidade nasceu ali. Então, se a gente não respeitar a própria origem significa perder a identidade. E cidade sem identidade não é cidade, é qualquer coisa, menos cidade. Vou falar uma coisa, nós tivemos duas leis, já aprovadas, que foram muito bem recebidas pela Câmara e pelos camelôs.
Uma estabelece as regras de transição de camelô para empresário de shopping popular. A outra estabelece um regime de incentivos fiscais por dez anos, isenção de todos os tributos municipais. Teremos um shopping que já vai estar pronto agora, que é um belíssimo shopping, só que é popular.
Lojas a partir de R$ 425 por mês. É menos do que os camelôs pagam para tomarem  conta dos produtos deles, na rua, para não serem roubados. E sai da ameaça de câncer de pele, provocada pelo sol; sai da chuva que impede o faturamento; sai da mão do agiota; sai do ladrão que o ameaça. É um novo tempo.
Com essas medidas o senhor consegue retirar quantos camelôs do Centro?

Arthur – Não, a nossa ideia não é retirar camelô do centro, porque eles dão vida ao Centro. É deixá-los no Centro, mas em shoppings populares. Alguns que quiserem vão sair para a periferia porque nós faremos também shoppings populares na periferia. Mas, outros não, preferem ficar no Centro. E aqui pra nós, a Câmara dos Diretores Lojistas não quer camelô fora do Centro. Quer fora da rua.
No Centro eles são consumidores, eles são ativadores do comércio, porque no momento em que você vai lá comprar um artigo de camelô lembra que está faltando comprar não sei o quê e corre para a loja.  Por isso todos receberam muito bem a lei. Veja só como eles me recebem: outro dia eu estava saindo da Difusora, na avenida Eduar­do Ribeiro, centenas deles me cercaram.
Uma pessoa me pediu dinheiro por uma coisa justa e eu não sou de dar dinheiro a ninguém. E aí o “Negão”– é assim que chamam ele  –, tomou a frente e disse: “Deixa essa comigo”. E aí meteu a mão no bolso e deu para aquela pessoa. Quer dizer, são grandes amigos que estão interessados em resolver a situação. No caso do Negão ele está feliz da vida com a hipótese de ascender socialmente, realizar seus sonhos.
Quantos camelôs ocupam o Centro? Falam  em 6 mil, vai ter shopping popular para isso tudo?

Arthur – Não chega a tanto. Entre os cadastrados e  não cadastrados, no centro,  tem 2.200. Tem mais um detalhe: o cara tem que ter só uma banca, ele é um só, então tem que ter só uma banca.
Em quanto tempo o senhor acredita que essa situação dos camelôs vai estar resolvida?

Arthur – Acredito que até dois meses antes da Copa. Ainda temos muitas obras para fazer antes de começar a mudança. Vamos trabalhar a saída dos camelôs das ruas, mas não exatamente do Centro, até porque eles são ativadores do comércio, ao mesmo tempo em que são, também,  consumidores e atraem o público consumidor.
Fonte: Jornal Em Tempo

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