Domingo passado, o papa Francisco deixou o Brasil depois de ficar sete dias entre nós. Na sua despedida, agradeceu a todos os brasileiros e disse um ‘até breve’.
O Papa saiu encantado com o povo brasileiro e, sem dúvida, apaixonado pelo Brasil, o País mais católico do mundo. Não fui ao Rio vê-lo de perto como gostaria de ter feito. Meus afazeres atuais me prenderam em nossa cidade e acabei perdendo a oportunidade de deitar meus olhos sobre aquele mar de católicos que se juntaram nas ruas e na praia de Copacabana para reverenciar o Francisco dos pobres. Segui o ditado popular que diz: primeiro a obrigação e depois a devoção! Acompanhei assistindo pela TV seus gestos e ouvindo as palavras seguras e ao mesmo tempo doces do nosso santo padre.
Gosto muito do papa Francisco. Ele transmite uma incrível intimidade. Em conversas com amigos, peguei-me chamando-o de Chico, como se o pudesse fazê-lo e como se o conhecesse desde a mocidade. Seu sorriso conquistou o Brasil inteiro. É um sorriso marcante, sincero, empolgado, feliz. A cada criança beijada, acariciada no rosto, tocada na testa, benzida por Francisco, a fé se renovava dentro do meu coração. A cada parada de sua peregrinação, a pé ou em seu papa móvel, uma agradável surpresa nos foi oferecida repleta de humildade e amor fraterno.
Francisco não fala português e desculpou-se por isso. Mas quem foi que disse que ele precisa falar qualquer idioma para ser perfeitamente compreendido? Ele fala com a face, com as mãos, com o coração e, portanto, o mundo inteiro o compreende. Francisco prometeu retornar ao Brasil. Quem duvida que em seu retorno estará falando um português fluente? Carismático, Francisco convenceu os jovens a “irem em frente sem medo de levar Cristo aos lares do mundo inteiro”, principalmente ao agasalho dos mais necessitados e desafortunados. A juventude chorou diversas vezes sob a benção papal. Ao longe eu também chorei.
Nosso papa encontrou no Brasil a Igreja Católica de um tamanho e, sete dias depois, a deixou muito maior.
Até breve Francisco dos pobres, nosso Chico. Obrigado e saiba que amamos você, Santo Padre.