O presidente da Câmara Municipal de Manaus, vereador Bosco Saraiva (PSDB), assegurou aos representantes do Fórum Amazonense de Reforma Urbana que todos os movimentos sociais terão a oportunidade de participar das discussões em torno do processo de revisão do Plano Diretor Urbano e Ambiental de Manaus.
A garantia foi dada no final da manhã desta quarta-feira, 28, quando um grupo de manifestantes de diversos movimentos ligados ao setor de habitação esteve na Câmara para conversar com os parlamentares e apresentar reivindicações. Bosco Saraiva solicitou que os vereadores Waldemir José, Professor Bibiano e Rosi Mattos, todos do PT, formassem uma comissão e fez questão de recebê-los no gabinete da Presidência da CMM.
“Aqui não tem curva. A conversa é na reta. Nós vamos fazer várias discussões sobre o Plano Diretor e estamos dando uma ampla divulgação e a Câmara está absolutamente aberta a todos vocês. Enquanto eu estiver aqui está assegurada a democratização dos debates ao máximo. Não sou dono da verdade. O debate permite que você clareie as ideias. O que pode, pode. O que não pode, não pode. Os vereadores têm a missão de perceber o sentido da cidade e transformar isso em leis, em propostas e nessa legislatura, os vereadores estão muito focados nisso. Eles também estão preocupados com esse atraso na revisão do Plano Diretor”, disse Bosco.
Na conversa com os vereadores, os representantes do Movimento Cáritas da Arquidiocese de Manaus, Confederação das Associações de Moradores, Movimento Nacional de Luta pela Moradia e da União Nacional por Moradia Popular protocolaram um documento com 21 reivindicações voltadas às áreas de habitação, mobilidade urbana, saneamento e regularização fundiária.
As propostas foram encaminhadas à Comissão Especial de Revisão do Plano Diretor de Manaus para serem analisadas. Entre as propostas defendidas pelo Movimento Amazonense de Reforma Urbana está a isenção das taxas municipais para os projetos de habitação popular nas áreas de interesse social, conforme defendeu a presidente da União Nacional por Moradia Popular, Cristiane Teles. “Em vários municípios como Presidente Figueiredo e Boa Vista do Ramos isso já acontece e foi, ou propositura do prefeito ou dos vereadores. Gostaríamos que isso fosse avaliado para Manaus também”, sugeriu.
Para o representante da Confederação das Associações de Moradores, Júlio Sallas, a disposição da Câmara em receber os movimentos sociais foi uma demonstração positiva.