Com chegada antecipada do chuvoso verão amazônico, mais uma vez o manauara se depara diariamente com o fantasma do caos energético advindo da péssima gestão da Eletrobrás Amazonas Energia, concessionária sob a responsabilidade do Governo Federal, liderado há 11 anos pelo PT.
Ao início de qualquer chuva, das mais intensas às mais brandas, nos bairros centrais ou mais periféricos, com maior ou menor concentração de renda, casas, condomínios, comércios, indústrias, propriedades rurais, órgãos públicos, escolas, unidades de saúde, rede pública de iluminação, enfim, todos, sem exceção, tornam-se vítimas das constantes quedas de energia com duração de várias horas ou até perdurando consecutivos dias para ter o abastecimento normalizado, como ocorre em bairros das Zonas Leste e Norte da cidade.
Ainda que prejudique indistintamente a todos, os moradores de bairros detentores de menor poder aquisitivo são os que mais sofrem com tal descaso do Governo PT em relação à questão energética local. Na última semana, cidadãos do bairro Tancredo Neves, Zona Leste de Manaus, cuja paciência com a constante falta de energia, que dessa vez já persistia a uma semana, esgotou-se, fecharam, sob protesto, uma das principais avenidas da cidade, a Grande Circular.
A chegada do tão propagado “linhão de tucuruí”, anunciada há anos como solução para evitar o atual estágio de retrocesso dos apagões diários, já é quase uma utopia para o manauara. A obra é tão lenta e desacreditada quanto a transposição das águas do Rio São Francisco, no semiárido nordestino.
A nove meses da realização do maior evento esportivo do Planeta, a Copa do Mundo, do qual seremos vitrine como uma das sedes, é ultrajante a falta de competência e vontade da Presidência para resolver essa questão que já se arrasta por anos e catastroficamente nos proporciona uma cidade às escuras.
Desta feita, aqui vai mais um apelo: presidente Dilma, queremos energia de qualidade, ininterrupta e cuja rede elétrica suporte as chuvas diárias, pois em nosso Estado uma coisa é certa, elas não irão diminuir e muito menos cessar e não é admissível que a cada chuva o cidadão corra pra acender velas ou ligar o gerador, considerando os pouquíssimos que podem tê-lo.
No país com a segunda maior carga de impostos do mundo e com tarifa elétrica altíssima, é o mínimo que devemos exigir.
Do presidente estadual da Juventude do PSDB-AM, Rodrigo Guedes.
