O jornal O Globo, edição deste domingo, apresentou aos brasileiros dados estarrecedores. Em 2013 e 2014, o município de São Paulo recebeu R$ 271,4 milhões, a título de transferências espontâneas, não obrigadas pela Constituição. A cidade de São Paulo, por coincidência, é dirigida pelo petista Fernando Haddad, amigo do poder, figura cordial que, em que pese tanta ajuda, apresenta um dos menores índices de aprovação entre os prefeitos de capital.
Manaus, contudo, nesses dois anos, recebeu apenas R$ 1,5 milhão. Dados cruéis: no cálculo per capita, a cada paulistano foram destinados R$ 23 reais e a cada manauara apenas perversos R$ 0,75.
O governo federal, levianamente, procura fugir dos seus compromissos, repetindo, como um mantra, que “dinheiro existe; faltam projetos que viabilizem a liberação dos recursos”. Pois Manaus apresentou 55 projetos em 2013 (quarta cidade nesse item) e outros 25 em 2014, totalizando 80 projetos.
Vejam o tamanho da injustiça: o maior PIB da América do Sul é, obviamente, o Brasil. Depois, pela ordem, temos o estado de São Paulo, a Argentina e o município de São Paulo. Se estendermos a comparação à América Latina, temos que a primeira posição é do Brasil, em segundo vem o o estado de São Paulo, em terceiro a Argentina e em quarto a cidade de São Paulo.
São Paulo (estado) é o 18º PIB do mundo e São Paulo (município) é o 44º, maior que África do Sul, Bélgica, Colômbia, Suíça, Portugal. A injustiça é gritante. Reagirei com todas as minhas forças contra a iniquidade e o desrespeito a homens e mulheres que não aceitam ser tratados como cidadãos de segunda classe.
Os governos petistas tratam adversários como inimigos. Portam-se como se fossem um exército da Roma imperial, que invadia uma cidade, pilhava os tesouros, escravizava mulheres e crianças e matava os homens adultos.
Tratam o dinheiro público como se fosse propriedade privada…deles.
Beneficiam aliados e prejudicam os governantes que não rezem pela cartilha eleitoral que os conserve no poder…pelo poder, porque sempre tiveram projeto estratégico para tomar de assalto a máquina pública e jamais construíram, com lucidez e generosidade, um projeto de Nação, de país.
Isso explica o mensalão; o petrolão; o escândalo, que precisa ser apurado duramente, dos fundos de pensão, o crime que se cometeu contra o BNDES. Com a mesma desfaçatez com que perseguem adversários políticos, avançam sem cerimônia sobre a coisa pública, como se tivessem o direito divino de pilhar o país. Tudo em nome dos dogmas que lhes alimentaram as fantasias ideológicas por muito tempo. A ponto de criminosos comuns, condenados à prisão por corrupção provada e comprovada, erguerem os braços e cerrarem os punhos, fingindo estar enfrentando a iniquidade de uma ditadura, na plenitude da democracia regime democracia que desprezam e gostariam de ver derrubada.
Irei até o fim na defesa da minha cidade. É dever que cumprirei com gosto e honra.
Uma boa semana a todos.
