O governo de Dilma Rousseff amanheceu mais uma vez sob forte pressão. O que dizer destas ações que arrebataram tanto a economia e o cenário político do Brasil?
Segundo a revista IstoÉ, o senador Delcídio do Amaral (PT-MS) fez acordo de delação premiada onde citou vários nomes, entre eles o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e detalhou os bastidores da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobrás, entre outros assuntos.
Sobre a Petrobrás, a presidente Dilma sempre negou saber das condições do negócio, que foi superfaturado e provocou prejuízo milionário à estatal.
O senador teria afirmado, em sua delação, que a presidente Dilma teria atuado sistematicamente junto com o Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo para promover a soltura de réus presos na operação. O objetivo seria ajudar empreiteiras e políticos envolvidos no escândalo.
Cardozo deixou o ministério esta semana alegando sofrer pressão do PT para interferir na Operação Lava Jato.
A obstrução da justiça é crime e, se provada, é punível com prisão.
O que ocorre com a condução coercitiva do antes intocável ex-presidente Lula é apenas um desmascaramento, um desnudamento da “alma mais honesta do Brasil”. Como se não bastasse o mensalão, o petrolão e os demais escândalos do governo petista, esta ofensiva jurídica da nova fase da Operação Lava Jato destrói sua imagem e abala o mito do ídolo das classes populares no Brasil.
O fato é que o atual governo vem tomando decisões erradas na economia há muito tempo e levou o país a uma crise de dimensões históricas. Continuar nesta direção é permanecer afundando.
O Brasil quer reagir.
Ontem o mercado reagiu positivamente à divulgação da delação de Delcídio do Amaral, porque na visão dos analistas ela enfraqueceu o governo petista marcado pelo descrédito, e pode ter abreviado o seu fim.
“Vamos continuar apoiando as investigações. O Brasil merece conhecer a verdade”, diz @AecioNeves sobre a Operação Lava Jato.