Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda nos governos Lula e Dilma Rousseff, foi preso na manhã desta quinta-feira durante a 34ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Arquivo X”.
Os investigadores dizem que Mantega teria atuado diretamente junto ao empresário Eike Batista para negociar pagamentos de dívida de campanha partidária do PT. Além disso, essa fase da Lava Jato investiga suspeita de fraude e de pagamentos indevidos envolvendo contrato da Petrobras para construção de duas plataformas para exploração de petróleo na camada do pré-sal.
A prisão do ex-ministro pegou o país de surpresa.
Sobre o ocorrido, o senador Ronaldo Caiado (DEM) afirmou, “sempre foi senso comum em Brasília que Mantega apenas cumpria os mandos e desmandos que a presidente Dilma ditava para a política econômica. Faltava autonomia ao ministro para comandar sua própria pasta. Por que imaginar que sua participação do Petrolão seguiu critério diferente? Mantega foi presidente do Conselho da Petrobras e isso foi crucial para que investigação chegasse à sua prisão temporária”.
Poucas horas depois, no entanto, o juiz federal Sergio Moro divulgou um ofício em que revogou a prisão.
O juiz Sérgio Moro argumenta que o estado de saúde da mulher de Mantega – detido quando se preparava para acompanhá-la em uma cirurgia – não era conhecido da Polícia e do Ministério Público Federal. A prisão havia sido autorizada por ele em agosto.
O delegado da Polícia Federal Igor Romário de Paula disse que, diferentemente do divulgado em sites de notícias, Mantega não foi retirado do centro cirúrgico do Albert Einstein e a polícia não chegou a entrar no hospital.
